UOL


São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2003


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Negócios vão de concessionária a acessórios para motoboys

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Para quem pretende abrir um negócio no setor de motos, há várias opções, que variam de acordo com o fôlego do investidor.
Uma das possibilidades é abrir uma concessionária, o que exige investimento inicial em torno de R$ 500 mil. Para abrir o negócio, é preciso passar por um processo seletivo organizado pelas fabricantes. Um dos quesitos importantes é a escolha de um ponto com demanda não-atendida.
As duas maiores fabricantes de motos no país são a Honda e a Yamaha, responsáveis por 86% e 13% da produção de 2003, respectivamente. Para quem tem dúvidas sobre o melhor ponto, o presidente da AssoHonda, Paulo Freire, avisa que a rede cresce "no interior do país e em regiões menos desenvolvidas economicamente".
Outra opção é fabricar peças e acessórios. Com R$ 100 mil é possível abrir um negócio competitivo na área, calcula Orlando Leone, presidente da Anfamoto.
Para quem prefere montar uma loja simples, investimentos a partir de R$ 20 mil são suficientes.
Mas os efeitos da crise são sentidos com mais intensidade nesse segmento de comércio. "Há muitas lojas abrindo, mas também há muitas fechando por causa da alta inadimplência", alerta Márcio Bigai Pereira, 35, proprietário da loja Atlanta.
Um nicho que ainda deve se expandir é o de "off-road" (motocross e enduro). "As vendas de equipamentos esportivos cresceram de 10% a 15% nos últimos dois anos", diz Welington Valadares, 38, da loja WV. Segundo a Federação Paulista de Motociclismo, havia 720 praticantes de "off-road" associados à entidade em 2001, contra 1.400 hoje.

Criatividade
Como outros setores, o de motos abre espaço para boas idéias. A indústria Motobor, por exemplo, inventou uma espécie de cinto de segurança, o "agarradinho", que permite que o passageiro de mototáxis se segure no condutor sem que haja contato físico direto.
"Isso resolve o problema de maridos ciumentos que não deixavam suas esposas andarem de mototáxi", explica Rogério Emídio da Silva, 40, diretor comercial.
Em agosto de 2002, a indústria começou a produzir cerca de 200 unidades/mês. Hoje, são mil.


Texto Anterior: Mercado: Motos aceleram na contramão da crise
Próximo Texto: Gestão: Pequeno se aproxima da tecnologia
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.