São Paulo, terça-feira, 03 de agosto de 2004 |
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PAINEL DO LEITOR Reunião "Cabe esclarecer, sobre a coluna "Os pilotos sumiram", da jornalista Eliane Cantanhêde (pág. A2, 1º/8), que foram convidados todos os ministros de Estado e seus secretários-executivos, entre eles os ministros Antonio Palocci (Fazenda), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Luís Fernando Furlan (Desenvolvimento) para a mesa-redonda internacional que se realizará no dia 5/8, no auditório do Anexo I do Palácio do Planalto. O formato da mesa permite o diálogo direto e a participação dos ministros que lá comparecerem. Os três já falaram ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social sobre os temas de suas respectivas pastas. Vale lembrar que os três ministros citados por ela como esquecidos na discussão dos temas da mesa-redonda já fizeram, neste ano, amplas exposições nas reuniões plenárias do CDES e do grupo de acompanhamento. Em 11/3, o ministro Luís Fernando Furlan falou sobre a "Política Industrial e Comércio Exterior". Em 13/5, o ministro Antonio Palocci fez exposição e participou de debates sobre o crescimento sustentado. E o ministro Patrus Ananias fez exposição no dia 23/4, na instalação do Grupo de Acompanhamento das Políticas Sociais. Assim, o objetivo da mesa-redonda internacional é prosseguir na estratégia dos debates sobre a Agenda Nacional do Desenvolvimento. Nenhum interesse em fazer contraponto à política macroeconômica do governo." Sonia Carneiro, assessora de Comunicação Social do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Brasília, DF) Resposta da jornalista Eliane Cantanhêde - Serão duas mesas, com sete expositores cada uma, mas nem Palocci, nem Furlan, nem Patrus Ananias estão entre eles. O primeiro expositor do tema "desenvolvimento" será José Dirceu (Casa Civil), e o primeiro da mesa sobre "diálogo social", Carlos Lessa (BNDES). Ambos resistem à política econômica atual. Negócios, negócios "O presidente Lula sai pelo mundo afora criticando o protecionismo dos países ricos aos seus produtos agrícolas e distribuindo benesses a países mais pobres que nós, acreditando que "é dando que se recebe". Chegamos a perdoar dívidas e oferecemos o que nos faz falta. Esquece o presidente que esse ensinamento serve muito bem para o amor, mas, em termos de negócios internacionais, o que vale é a competitividade. Dificilmente alguém nesse mundo vai estender a mão ao Brasil ao ouvir nosso pedido por misericórdia ou nossas críticas. Enquanto não investirmos mais em ciência, pesquisa e tecnologia, a ponto de competirmos com o resto do mundo nessas áreas, passaremos o resto de nossas vidas abraçados aos outros países mais pobres que nós." Rosa Lina Krause (Timbó, SC) Terror "Se a Folha considera grupos armados que atacam civis terroristas, deveria, por coerência, sempre se referir ao Exército de Israel como "Exército terrorista", pois estão sempre atacando, matando e ferindo civis." Jairo Luis de Mattos (Araraquara, SP) Homossexualidade "Dom Amaury Castanho, em seu artigo "Homossexualismo: novos enfoques" ("Tendências/Debates", pág. A3, 2/08), diz que seu posicionamento se fundamenta "em fortes razões que se firmam na dignidade humana e no respeito à natureza do homem e da mulher". Se assim fosse, abandonaria o celibato e, portanto, a batina, em respeito à natureza humana. Se assim fosse, lutaria para que padres pedófilos fossem para a cadeia, como qualquer outro mortal, em respeito à dignidade humana." José Marcos Thalenberg (São Paulo, SP) Rio "Com relação à nota "Informe 1", veiculada na edição de ontem desta Folha, na pág. E2, o Sistema Firjan afirma que é inteiramente falsa a informação de que o Sesi "bancou" reportagem de capa da edição de 28/7 da revista "IstoÉ". É com estupefação que se lê algo ao mesmo tempo tão falso e peremptório num veículo como a Folha, amplamente reconhecido pela seriedade, qualidade e rigor na apuração. A Firjan aceitou participar da edição porque o tema a ser abordado editorialmente era o Rio. Autorizou então a veiculação de dois anúncios de uma página cada, a um valor total de R$ 70 mil. O montante é mais de 50% menor que o preço de tabela, conforme negociação firmada pela Contemporânea, agência de publicidade que presta serviços à entidade. Os comprovantes de autorização estão à disposição dos interessados. A atual diretoria do Sistema Firjan conta com o apoio manifesto de pelo menos 96 de 102 sindicatos associados. Não é a publicação de dois anúncios em qualquer veículo de comunicação que vai influenciar o resultado de seu processo eleitoral. A Firjan jamais se pautou por esse tipo de interesse em sua política de comunicação. O intuito foi tão-somente contribuir para divulgar e alavancar nacionalmente as potencialidades econômicas do Rio, obrigação permanente da entidade. O difícil é entender como a Folha decide veicular uma informação tão caluniosa e difamante." Altair Thury, assessor de imprensa da Firjan, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ) Meio ambiente "Preocupa o fato de ter tramitado no Congresso, sem muito alarde, o projeto de lei nº 47/2004, segundo o qual os municípios poderiam, através de um decreto, permitir a destruição de áreas de preservação natural para construções de imóveis. O princípio da ubiqüidade, que ampara o direito ambiental, é bastante claro: deve-se pesar a proteção ao meio ambiente toda vez que se discutir uma política, legislação ou atuação que possa resultar em uma degradação ambiental. A qualidade de vida é garantida pela Constituição Federal e sua manutenção necessita ser observada, devendo os legisladores primar pela proteção e conservação dos recursos naturais." Katia Cassemiro, professora de direito e legislação ambiental da Faculdade de Tecnologia Ambiental Industrial/Senai (Osasco, SP) Texto Anterior: Luiz Carlos Costa: E agora, São Paulo? Próximo Texto: Erramos Índice |
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