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Editoriais
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Vagas a distância
O PROGRAMA de educação a
distância anunciado pelo
governo de São Paulo dá
nova dimensão a iniciativas que
já se avolumavam no país. O envolvimento das três grandes universidades estaduais -USP,
Unesp e Unicamp-, empresta
prestígio às ações e pode chancelar essa nova e promissora modalidade de magistério.
A Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) pretende oferecer, em 2009, 6.600
vagas de graduação. Tem o objetivo imediato de ampliar a formação de professores em áreas
como física, química e biologia.
Nada menos que 25 mil docentes
na rede pública estadual não têm
diploma universitário.
O projeto paulista vai ao encontro de outras iniciativas, como a UAB (Universidade Aberta
do Brasil), que articula na esfera
federal programas em instituições públicas -já há 70 cadastradas. É uma expansão bem-vinda,
que pode ir além da formação e
reciclagem de professores.
Cumpridos requisitos de qualidade, a educação a distância forma profissionais em igualdade
com os cursos tradicionais. Usa
internet, aulas gravadas e videoconferências, embora não dispense a presença do aluno em
provas e estágios, por exemplo.
Os custos do ensino a distância
são menores, e por isso um público maior pode ser atendido.
Além disso, a nova modalidade
pode ter um papel importante no
Brasil, dada sua dimensão continental e suas deficiências. Deveria suprir regiões carentes de
instituições de ensino e também
poderia ter papel decisivo para o
ensino profissionalizante.
Há que considerar, porém, que
a modalidade não é útil para a totalidade dos alunos ou das carreiras. Exige do estudante maior
autonomia, mais responsabilidade, o que impõe desafios. Diante
de um número grande de alunos,
o exercício de um controle eficiente não é questão trivial. Com
a entrada das reputadas universidades estaduais paulistas, um
novo passo é dado.
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