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FERNANDO RODRIGUES
Sobram PSDB e PT
BRASÍLIA - PMDB e DEM sempre atuaram como coadjuvantes do
poder no período pós-ditadura militar. Acentuaram seus papéis secundários com a consolidação de
PT e PSDB. Passadas as eleições de
amanhã, não há sinal de mudança
significativa nesse cenário.
Gilberto Kassab (DEM) em São
Paulo e Eduardo Paes (PMDB) no
Rio têm chances de prosperar no
segundo turno. Mas ninguém se arriscaria hoje a apontar esses políticos ou algum líder de suas agremiações em condições de competir na
disputa pelo Planalto em 2010.
Quando se olha a parte de baixo
da tabela, para emprestar uma terminologia do futebol, enxergam-se
apenas interessados em vicejar localmente ou, no máximo, indicar
um candidato a vice-presidente na
chapa do PT ou do PSDB. Para citar
o caso mais óbvio, o PSB só pensa
naquilo: encaixar Ciro Gomes ou
Eduardo Campos na boléia de algum petista em 2010.
Na sopa de letras sem sentido da
política brasileira, PP, PDT, PTB,
PR e outros resignaram-se ao segundo plano. Nunca chegarão ao
Planalto. Só prosperam nessa zona
da pasmaceira por causa da legislação benevolente e patrimonialista.
Vivem sem povo, mamando no fundo partidário e traficando seus horários de rádio e TV.
Os ideológicos estacionaram numa dobra do tempo entre a Revolução Industrial e a queda do Muro de
Berlim. PC do B, PSOL, PSTU são
nanicos eleitorais. O PPS (ex-partidão) nem ideológico é mais. O PV
poderia ser uma novidade, mas a sigla optou por se transformar parcialmente numa exótica sublegenda da família Sarney.
Tudo somado, sobram PSDB e
PT. Muito vai se falar na semana
que vem sobre como petistas ou tucanos perderam ou ganharam em
algumas grandes cidades. Mas, na
essência, a largada para 2010 continuará igualzinha. De um lado, José
Serra. Do outro, Dilma Rousseff.
frodriguesbsb@uol.com.br
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