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São Paulo, quarta-feira, 05 de fevereiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Eletrobrás
"Com relação à reportagem publicada na Folha sob o título "Estatais engordam salários de ministros" (26/1, pág. B7), venho esclarecer que, ao contrário do que diz a reportagem, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, não faz parte do Conselho de Administração da Eletrobrás. Quanto à presença do presidente da Eletrobrás no Conselho de Administração de Itaipu, trata-se de uma obrigação legal, visto que consta do tratado assinado com a República do Paraguai que criou a empresa binacional. Considero natural e procedente que a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, faça parte dos conselhos de Administração da Eletrobrás e da Petrobras, já que é responsabilidade do Ministério de Minas e Energia traçar as diretrizes do setor energético brasileiro, no qual as empresas citadas possuem papel reconhecidamente estratégico. Por fim, gostaria de registrar o fato de a Folha ter reconhecido a presteza e a transparência com que a Eletrobrás pôs todos os dados pedidos pelos seus repórteres, uma atitude que a direção da empresa pretende manter em seu relacionamento com a imprensa."
Luiz Pinguelli Rosa, presidente das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Rio de Janeiro, RJ)

Nota da Redação - A informação sobre o secretário-executivo Maurício Tolmasquin foi retificada no dia 27/1.

Greve de ônibus
"Ontem ficamos sem ônibus. Pagamos caro pela passagem e mesmo assim somos desrespeitados. Percebemos que os donos das empresas, para não sofrerem sanções, mandaram o sindicato dos empregados, da Força Sindical, fazer greve por eles justo no dia em que deveriam apresentar propostas para o novo plano de transportes coletivos da cidade. Uma vez que a linha de ônibus é concessão pública, a prefeita deveria responder baixando o preço da tarifa para R$ 1,00 e abrindo o mercado de transporte coletivo para todo mundo, inclusive empresas de outros municípios e perueiros."
Walter Lopes Filho (São Paulo, SP)
 
"É um desrespeito da prefeitura, do sindicato dos motoristas e cobradores e principalmente dos empresários de ônibus de São Paulo. É impossível ser favorável a algum dos lados. Todos são culpados pelo caos no transporte público. Greve é um direito, mas a frequência com que elas ocorrem leva a população a ficar contrária e insensível às reivindicações. A prefeitura não age com pulso firme com as empresas, e estas não parecem trabalhar em prol da população: só pensam em aumentar o faturamento."
Fábio Itio Samizu (São Paulo, SP)

Fome Zero
"A propósito do Fome Zero, Gilberto Dimenstein, na coluna "A fome vai ser o marajá de Lula?" (2/2), foi simplesmente sensacional. Apesar do contorcionismo dos petistas, mais cedo ou mais tarde será impossível não reconhecer os méritos da rede de proteção social articulada e desenvolvida pelo governo FHC. Mas se a opção por uma jogada de marketing prevalecer sobre a racionalidade, o programa de Lula corre mesmo sério risco de transformar-se no que foi a "caça aos marajás" de Collor. Puro engodo!"
Rodrigo Borges de Campos Netto (Brasília, DF)

Preconceito
"Hoje acordei com muita vontade de dizer basta ao preconceito. Estou cansado de ver muita gente dizendo que "não basta dar o peixe, tem de ensinar a pescar". Só que eu vejo as pessoas "pescando" há muito tempo: elas passam horas pescando, aí vem alguém que tem dinheiro, compra o peixe delas por um preço irrisório e o vende mais à frente por um preço escandalosamente maior. Parece até que os brasileiros que estão passando fome não trabalham. Eles trabalham. E muito. Mas são explorados. Ninguém dá remuneração justa para o trabalho deles. Poucos são os que passam fome porque não trabalham. Muitos são os que passam fome porque são explorados."
Jean Jorge Silva de Souza (São Paulo, SP)

Câmara
"Não seria necessário alterar o regimento da Câmara para acelerar as reformas se os deputados também trabalhassem às segundas e sextas-feiras, como quaisquer outros brasileiros, fazendo jus aos seus salários e, principalmente, aos seus frequentes aumentos. É revoltante ouvir de um congressista que, se necessário, eles trabalharão aos domingos para aprovar as reformas. Não precisa! Basta trabalhar de segunda à sexta!"
Sérgio Sztajnbok (São Paulo, SP)

Sarney
"É com grande estranheza que recebo o apoio que Sarney vem demonstrando ao presidente. É difícil engolir os seus discursos e artigos simpáticos a Lula. Sarney é a antítese perfeita de Lula, não é possível que ele exalte as origens humildes do presidente retirante sendo ele um representante das oligarquias que afligem o Nordeste. O poder realmente a todos seduz, principalmente aos que nunca se distanciaram dele. O difícil é saber quanto tempo a lua-de-mel pode durar."
Thadeu Ferreira (Conchal, SP)

Garotinho
"Quem precisa de bons conselheiros é quem promove Rodrigo Silveirinha Corrêa à Administração Tributária e demite Luiz Eduardo Soares da Segurança do Estado do Rio. Aos poucos as investigações começam a mostrar quem ficou com a banda podre. Bota podre nisso!"
Francisco Peres (Rio de Janeiro, RJ)

Crise no PT
"Estou preocupado com o governo Lula. Dado o estado em que ele pegou o país, nada poderá dar errado. Contudo, para fazer o Brasil andar, Lula foi obrigado a fragmentar a história do PT e a entregá-la, de bandeja, nas mãos de astutos adversários. É nesse mar de detritos fisiológicos e entulhos de interesses contrariados que ele colocou seu barco. O problema é Lula ter se apossado do mesmo leme de FHC para navegar. Tomara que não haja tempestades lá na frente, porque é o fantasma de FHC que está conduzindo o barco sorrateiramente."
Wilson Gonsalez (Garça, SP)

Combustível
"A respeito da reportagem "ANP não divulga nome de posto irregular" (3/2), não é só o consumidor que está sendo lesado, mas todo o segmento de combustíveis que age corretamente. Temos em Maringá postos vendendo combustível mais barato que o valor pago às distribuidoras Shell, Texaco, Ipiranga e Esso. Nós, do ramo, sabemos que no mínimo 40% a 50% dos postos não estão comprando álcool com nota fiscal e por conseguinte não estão pagando os tributos."
Kennedy João Mezzaroba (Maringá, PR)

Judiciário
"Dentre as várias reformas pretendidas pelo governo, uma não pode ser esquecida: a reforma do Poder Judiciário. Sem ela, todas as demais reformas correm sérios riscos de fracassarem. Já foi dito alhures que sem direito não há justiça, e sem justiça não há democracia. Para que isso ocorra, é imperioso que sejam abandonados os preconceitos corporativistas contra a expressão "controle externo", porque é exatamente disso que precisa o nosso Judiciário. Aqueles magistrados que honram sua toga com a dignidade, o estudo e o desprendimento que o exercício da magistratura requer não têm por que temer o controle externo."
Leonardo Isaac Yarochewsky, professor de direito da PUC-MG (Belo Horizonte, MG)


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