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UM TESTE PARA BUSH
O presidente George W.
Bush enfrenta hoje um importante teste eleitoral. Embora o chefe
do Executivo dos EUA ainda tenha
pouco mais de dois anos de mandato, os norte-americanos escolhem
hoje os novos representantes na Câmara, renovam um terço do Senado
e definem os governadores de 36 dos
50 Estados. Os resultados deverão indicar o futuro político da segunda
metade da administração Bush e ajudar a determinar as chances do presidente na disputa da reeleição.
Bush vem se empenhando e fazendo campanha pessoalmente para
que o Partido Republicano mantenha o controle da Câmara e recupere
o do Senado, que atualmente está
nas mãos dos democratas por uma
cadeira de diferença. Embora analistas eleitorais andem com razão cautelosos depois do atribulado pleito
de 2000, grande parte deles aponta
que os republicanos deverão manter
ou até ampliar a maioria na Câmara,
mas têm grandes chances de sofrer
uma derrota no Senado.
A popularidade de Bush ainda é alta, mas declinante. Pesquisas mostram que o presidente, que era aprovado por mais de 80% da população
em janeiro, agora conta com o apoio
de pouco mais de 60% dos norte-americanos. É um bom resultado,
considerando-se o desempenho de
outros presidentes à mesma altura
do mandato. Essa aprovação ainda
está ligada aos acontecimentos de 11
de setembro, embora as sondagens
indiquem que a política externa está
perdendo espaço para a economia
nas preocupações dos eleitores.
Curiosamente, é na agenda doméstica que as diferenças entre republicanos e democratas são mais notáveis. Diferentemente do que ocorre
na política externa, onde os dois partidos acabam chegando a soluções
de compromisso, no plano interno a
falta de maioria em uma das duas
Casas representaria uma fonte de dificuldades para o presidente implementar seus projetos econômicos.
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