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EDITORIAIS
PLANO CONTRA A AIDS
Estudo recente mostra que
uma ação concentrada no campo da prevenção pode, segundo modelos epidemiológicos, reverter as
mais sombrias tendências traçadas
para a epidemia de Aids.
Infectologistas, matemáticos e demógrafos de diversas instituições
trabalhando sob a égide do Unaids, o
programa da ONU para a Aids, concluíram que a adoção de 12 medidas
relativamente simples pode evitar
que 29 milhões de pessoas sejam infectadas com o HIV até 2010. Se nada
for feito, a projeção é de que ocorram
45 milhões de novas contaminações
até o final da década.
Essa ação tem, evidentemente, um
preço. Estima-se que, para cumprir a
meta de evitar o surgimento de 29
milhões de casos, seja preciso gastar
US$ 10 bilhões por ano até 2005.
A chave para o sucesso do programa é a prevenção. Pesquisas realizadas em 60 países indicam que mais
de 50% dos jovens entre 15 e 24 anos
não têm a menor idéia de como a infecção se propaga ou de como podem proteger-se da moléstia.
Entre as 12 medidas de prevenção
indicadas pelo Unaids estão a ampla
oferta de testes para determinar se a
pessoa é portadora do vírus, programas de educação nas escolas, aconselhamento de prostitutas, distribuição de camisinhas e uso de drogas
que impedem a transmissão vertical
(mãe-filho). Quem resumiu bem a
situação foi a epidemiologista Helene Gayle, dos Centros de Controle e
Prevenção de Doenças, dos EUA:
"Nós sabemos o que funciona, mas
não estamos usando".
É o caso de começar. Os 45 milhões
de novos casos que podem ocorrer
até 2010 seriam a ponta de um iceberg que pode deixar um saldo de 65
milhões de mortos até 2020.
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