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São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Eleições
"Não é correta a reportagem "Alckmin e Maluf articulam pacto anti-Marta" (Brasil, pág. A9, 8/10). O governador não fez nenhum pacto contra a prefeita de São Paulo nem contra o partido que ela representa. O governador encontrou o ex-prefeito Maluf no Palácio dos Bandeirantes, na presença do deputado Delfim Netto, para tratar da reforma tributária e da reforma da Previdência. Da mesma forma, em Campos do Jordão, também tratou da defesa dos interesses de São Paulo, na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional, por deputados do PP, partido do qual o ex-prefeito é presidente de honra. O governador Geraldo Alckmin tem história que comprova a sua maneira correta e franca de fazer política. Não faz política contra pessoas. Faz política a favor. Da cidade, do Estado, do país, da comunidade. E, na defesa desses interesses da população, não cabe discriminação de ordem pessoal ou partidária. A verdade é uma só: não há pacto nenhum."
Luiz Salgado Ribeiro, secretário de Comunicação do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Rogério Gentile, editor do "Painel", e Julia Duailibi - Geraldo Alckmin foi procurado por dois dias pela Folha e informado do teor da reportagem, mas evitou comentá-la. Interlocutores do governador e do ex-prefeito relataram à Folha que os dois trataram da eleição de 2004 e discutiram um pacto contra a reeleição de Marta Suplicy em São Paulo.

Guarujá
"Gostaria de esclarecer que foram verificadas inverdades envolvendo o meu nome no artigo "Prefeito do Guarujá recomenda: ande sem dinheiro" (Cotidiano, 3/10), da colunista Barbara Gancia. Para evitar que esse instrumento de democracia -a imprensa- seja utilizado de maneira irresponsável, prejudicando uma administração pública que vem sendo tratada com muita seriedade, gostaria de uma retratação da publicação. É bem verdade que, em recente entrevista sobre um crime que aconteceu em minha cidade, tive a oportunidade de defender o município que administro, afirmando que se pode verificar a violência em todas as localidades e que, para fugirmos disso, teríamos de sair do país. Portanto a frase "viajem para o exterior", publicada no artigo acima citado, não está correta, pois, para que fuja da violência, o paulistano precisa mudar de país, e não viajar para outro país. Outro equívoco de informação foram as inexistentes 60 mil cópias de um manual que supostamente teria sido distribuído entre os moradores e teria sido custeado por mim no valor de R$ 15 mil. Surpreso com o artigo publicado, fui pessoalmente informar-me sobre a existência desse material. Fui informado de que existe um esboço de uma cartilha elaborado pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) em parceria com a Polícia Militar que nem sequer saiu do projeto. Lembro ainda que o Conseg é um órgão sem nenhum vínculo com a Prefeitura Municipal de Guarujá. Além disso, não fui consultado sobre o material, não houve nenhuma participação minha na discussão do teor ou na idealização dessa cartilha. A responsabilidade de tal setor é dos governos federal e estadual, que nomeiam comandos e designam efetivo para o desenvolvimento das atividades policiais, cabendo aos prefeitos municipais apenas a colaboração com as polícias Civil e Militar."
Maurici Mariano, prefeito de Guarujá (Guarujá, SP)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Excluídos em geral
"Movimentos sociais e sindicais já articulam a criação de um novo partido político à esquerda do PT. Concordo plenamente, pois o governo Lula demonstra, em pouco mais de nove meses de gestão, ser a continuidade do governo antecessor, tendo herdado os mesmos procedimentos, que são nocivos não apenas aos servidores públicos mas aos excluídos de uma forma geral. Lideranças significativas, como o ex-governador Leonel Brizola, jornalistas, intelectuais independentes e parlamentares têm-se mostrado indignados com a política econômica deste governo. Não obstante, Lula apresenta-se otimista, vendendo uma imagem criada pelos seus marqueteiros de campanha (isto é, uma espécie de "macumba para turistas", como dizia Oswald de Andrade). Enquanto o país se aprofunda no caos do desemprego e da violência urbana e rural, o projeto Fome Zero mostra-se apenas assistencialista, as lideranças indígenas morrem no campo, o trabalho escravo se perpetua e as reformas previdenciária e tributária são pífias."
Everi Rudinei Carrara (Araçatuba, SP)

Monstro temível
"O noticiário revela que a Polícia Federal e o Ministério Público não têm verba nem para pagar contas telefônicas. Funcionários terceirizados abandonam o serviço por falta de pagamento. O pessoal da operação específica está fazendo faxina e redigindo ofícios. A situação é irremediável, pois esbarra nas proibições desse monstro temível chamado Lei de Responsabilidade Fiscal. Em nome da contabilidade pública, a LRF sacrifica tudo, principalmente a área social -e nela a segurança pública, função primordial do Estado em relação aos menos favorecidos. Nossos direitos existenciais estão condicionados às colunas de crédito e de débito de um governo de programa progressista e popular. E a imprensa chapa-branca aplaude."
Homero Benedicto Ottoni Netto (Atibaia, SP)

Precatórios
"Em relação à carta "Precatórios" ("Painel do Leitor", 8/10), assinada pelo presidente da OAB-SP, Carlos Miguel Aidar, e pelo presidente da Comissão de Precatórios da OAB-SP, Flávio Brando, cabe-nos esclarecer o seguinte: 1. o prefeito Celso Pitta pagou, sim, precatórios alimentares. Só em 1997 foram R$ 20,4 milhões, conforme mostra o balanço geral da prefeitura daquele ano, na conta código 2821020401633; 2. voltamos a afirmar que, nos dois primeiros anos da gestão passada, além dos de natureza alimentar, foram pagos precatórios no valor de R$ 386 milhões, cifra que também pode ser verificada nos balanços de 1997 e de 1998 -o que é muito mais do que a atual administração pagou no mesmo período; 3. cumpre registrar que não houve nenhuma intenção de confundir o leitor com números e citações, pois eles estão corretos."
Antenor Braido, secretário de Comunicação da gestão Celso Pitta (São Paulo, SP)


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