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CRISE NA AVIAÇÃO
A Associação do Transporte
Aéreo dos EUA estimou que a
invasão ao Iraque possa resultar em
prejuízos de US$ 4 bilhões para as
companhias, corte de 2.200 vôos diários e redução de 70 mil empregos.
As ações das empresas tiveram quedas acentuadas nas Bolsas de Valores. As ações da AMR, controladora
da American Airlines, maior empresa aérea do mundo, já se desvalorizaram 95% nos últimos 12 meses.
A ameaça de guerra parece prolongar a severa redução na demanda por
viagens aéreas. Essa queda foi desencadeada pela diminuição nas viagens
de negócios diante da desaceleração
da economia mundial, pelos ataques
terroristas de 11 de setembro e pelo
aumento nos preços do petróleo. O
custo dos combustíveis de aviação,
que representa mais de 33% do preço
das passagens, pode aumentar ainda
mais durante a guerra.
Nesse cenário de retração, as empresas aéreas americanas apresentaram prejuízos de US$ 7,7 bilhões em
2001 e de US$ 11,3 bilhões em 2002.
Duas companhias -US Airways
Group e United Airlines Corp.- pediram concordata. E o setor já demitiu 98 mil trabalhadores.
O mercado brasileiro de aviação comercial também enfrenta forte contração. Em fevereiro, o número de
passageiros caiu 6,2%; foi a sétima
queda mensal consecutiva. A ocupação média dos vôos permaneceu em
55%. A fusão da Varig com a TAM
procura, entre outros objetivos, reduzir a ociosidade das aeronaves,
mas tem resultado em queda no número de vôos.
Após o ataque terrorista, as companhias aéreas americanas foram beneficiadas com um pacote de US$ 15
bilhões. Mas, diante dos prejuízos
anunciados, o setor está pleiteando
abatimentos fiscais, auxílio para os
gastos de segurança e a liberação de 1
milhão de barris de petróleo por dia
das reservas americanas para reduzir
os preços dos combustíveis. Dificilmente o governo brasileiro escapará
de conceder algum suporte financeiro às empresas domésticas.
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