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LÓGICA ILÓGICA
O atentado terrorista em
Riad, na Arábia Saudita, não
chega a ser uma surpresa. Já antes do
11 de setembro ocorriam ataques
contra alvos americanos na região do
golfo Pérsico. E não se pode afirmar
que a invasão do Iraque comandada
pelos EUA tenha tornado George
Bush e seus compatriotas figuras
mais populares no Oriente Médio.
A ação em Riad parece levar a marca da rede terrorista Al Qaeda, de
Osama bin Laden. As explosões simultâneas foram concebidas para
causar números superlativos de vítimas; os alvos eram primariamente
ocidentais, mas os perpetradores
não se preocuparam em evitar a perda de vidas árabes. O palco escolhido
foi a Arábia Saudita, de onde provém
parte substancial dos militantes da
organização Al Qaeda.
Mais especificamente, foram atacados condomínios residenciais fechados e ocidentalizados, que são vistos
por muitos religiosos e seguidores
de Bin Laden como "antros de perdição", pois as rígidas leis do islamismo wahabita nem sempre são respeitadas. O consumo de bebidas alcoólicas, por exemplo, é tolerado.
O terrorismo é um fenômeno especialmente perverso. Por maiores que
sejam as medidas de segurança adotadas, é impossível erguer uma defesa à prova de falhas. E basta que os
terroristas acertem uma vez para
provocar inúmeras mortes e semear
insegurança internacionalmente.
O presidente George W. Bush afirmou que vai encontrar os responsáveis pelo atentado de Riad e mostrar-lhes a "justiça americana". A idéia de
prender e julgar os autores, desde
que se respeitando os ditames da lei
internacional, é correta.
O risco é o de que a política externa
norte-americana e o terrorismo
prossigam realimentando-se um ao
outro, numa escalada insana.
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