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FLUXO DE CAPITAIS
A excessiva liqüidez predominante nos principais centros financeiros internacionais, dadas as
baixas taxas de juros e as intervenções cambiais dos bancos centrais
asiáticos, gerou uma forte onda de
fluxo de capitais privados para os
países emergentes. De acordo com o
Instituto de Finanças Internacionais
de Washington, o fluxo de investimento de curto e longo prazos para
os mercados emergentes poderá alcançar US$ 196 bilhões em 2004. Um
volume ligeiramente acima do registrado em 2003, de US$ 187,5 bilhões.
Do total previsto para 2004, cerca
de US$ 39 bilhões deverão ser dirigidos à América Latina. O Brasil será
um dos maiores beneficiados. O volume de investimento estrangeiro direto deverá registrar US$ 11 bilhões.
Em 2003, o volume estimado de investimento foi de US$ 9,5 bilhões.
Esse ambiente favorável reforça a
importância de perseguir políticas de
maior blindagem das contas externas brasileiras. Isso significa aperfeiçoar as políticas de comércio exterior, de conquista de novos mercados, para sustentar um firme esforço
exportador, e simultaneamente investir na substituição eficiente das
importações.
Como o governo tem procurado
agora fazer, o país precisa ampliar
suas reservas internacionais, aproveitando o aumento do volume de investimento estrangeiro direto. Reservas elevadas podem aumentar a autonomia na condução da política
econômica e, sobretudo, permitir
uma taxa de juros real mais baixa.
Isso se torna mais relevante diante
do risco de uma interrupção nesse
fluxo. As chances de que isso venha a
ocorrer estão relacionadas à elevação
dos juros nos EUA, atualmente em
1% ao ano, ou mesmo a uma reversão na expectativa de crescimento
das economias desenvolvidas.
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