São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Origem da informação
"Diferentemente do que foi publicado no editorial "Por trás das mortes" (Opinião, 18/7), não foi a polícia paulista que elaborou a pesquisa sobre o "Uso de força letal por policiais de São Paulo no ano de 1999". A pesquisa foi idealizada, elaborada e concluída, exclusivamente, pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo e contou, nos seus seis meses de elaboração, com o apoio do gabinete do secretário da Segurança Pública. A polícia paulista nem sequer conhecia o teor da pesquisa elaborada. A Ouvidoria da Polícia deixou claro na reportagem de ontem que a pesquisa sugere "Uso inadequado de força em muitos casos". A impressão, lendo o editorial, é a de que ele se pautou exclusivamente na entrevista do secretário da Segurança Pública. A divulgação da pesquisa (com exclusividade pela Folha) foi feita pela Ouvidoria da Polícia. Penso ser praticamente impossível que a polícia paulista elaborasse uma pesquisa sobre uso de força letal de seus policiais e a divulgasse publicamente."
Benedito Domingos Mariano, ouvidor da Polícia (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia a seção "Erramos", abaixo.

Sem parecer
"Ao contrário do que a coluna "Painel" afirmou no último sábado, 15/7, e na segunda-feira, 17/7, em nenhum momento avaliei ou emiti opinião sobre a reunião do senhor presidente da República com alguns ministros na última quinta-feira."
Alberto Mendes Cardoso, ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (Brasília, DF)

Na berlinda constante
"Em janeiro, a Petrobras inundou de óleo a baía de Guanabara e o presidente da estatal prometeu mundos e fundos para reparar os danos a pescadores, meio ambiente etc. Até hoje a água está suja, inclusive com vazamento mais recente de óleo de um navio. Agora novo vazamento, desta vez no Paraná, que o presidente da estatal chamou de fatalidade. Essa é a Petrobras, que recentemente dobrou os salários do escalão superior e, como se noticiou dias atrás, extrai o barril de petróleo a US$ 10 e nos vende a US$ 30, acompanhando o preço internacional. Onde estão os nacionalistas de "o petróleo é nosso'?"
Oswald J. Silva Filho (Rio de Janeiro, RJ)

"Fatalidade" foi o termo usado pelo presidente da Petrobras para explicar mais um derramamento de óleo, agora no Paraná. Creio que "fatalidade" é o Brasil possuir uma empresa tão irresponsável e negligente com o meio ambiente, capaz de produzir estragos tão grandes e incalculáveis ao nosso ecossistema."
Patricia Pellegrino Colugnati (São Carlos, SP)

Eleições
"Sobre a reportagem "Quase metade dos governantes não tentará novo mandato em SP" (Brasil, 9/7), devo esclarecer o seguinte: o sr. Liberato Caboclo, em declaração tresloucada, ataca e tenta responsabilizar Leonel Brizola e José Roberto Batochio, presidentes nacional e estadual do PDT, pela sua derrota ocorrida em democrática convenção municipal recentemente realizada pelo partido. Caboclo, candidato de si mesmo, foi rejeitado na oportunidade em razão de seus problemas com a Justiça e com seu índice de rejeição (é o maior) entre a população de São José do Rio Preto. Ainda a respeito do assunto e para concluir: a Executiva nacional, presidida por Leonel Brizola, e a Executiva estadual, presidida por José Roberto Batochio, em nenhum momento influíram para que Liberato Caboclo não obtivesse legenda a fim de concorrer nas próximas eleições municipais. A acusação de Caboclo na referida reportagem deve ser creditada ao seu inconformismo pela derrota."
Jair Brito, assessor do deputado federal José Roberto Batochio (São Paulo, SP)

Apuração necessária
"Nós, brasileiros que amamos o nosso Brasil, estamos de olho nos políticos que estão tramando para que não seja criada a CPI do sr. Eduardo Jorge."
Aparecido Gomes de Oliveira (São José dos Campos, SP)

Editoriais
"A Folha arvorou-se em representante do povo no editorial "Uma cidade frustrada" (pág. A2 de 13/7) ao anunciar a sua frustração e a da "grande maioria dos cidadãos paulistanos" pela decisão da Câmara Municipal, que rejeitou o impeachment do prefeito Celso Pitta e o manteve no cargo para o qual foi eleito. O jornal tem leitores, mas não tem eleitores que lhe confiram a função de intérprete e executor da vontade popular. A prevalecer tal tese, substituiríamos o voto por pesquisas mercadológicas e o mandato político seria exercido por jornalistas."
Antenor Braido, secretário municipal de Comunicação Social da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Nota da Redação - O editorial baseia-se em pesquisas de opinião do Datafolha entre o eleitorado da cidade de São Paulo. É uma pena que o chefe do missivista tenha se recusado a testar sua popularidade na próxima eleição.

O de sempre
"Pitta permanecerá (apesar de tudo); Lalau, Lulu e, agora, Dudu sairão ilesos (apesar das evidências); e o Gama, ora, o Gama cairá (apesar das liminares)! O que eles têm a ver um com o outro? O óbvio: a indiferença da sociedade brasileira contra atitudes antipatrióticas. Já ri muito com aquela piada sobre Deus, o Brasil e o "povinho" brasileiro, mas agora não estou vendo mais graça nenhuma."
Silvio Sam (São Paulo, SP)

Título
"A Folha cometeu um equívoco no título da reportagem sobre o Programa de Renda Mínima, publicada na edição de 14 de julho, levando o leitor a um erro de avaliação. Na verdade, como está dito na própria reportagem redigida pela repórter, o que houve foi um atraso na aprovação do Orçamento da União pelo Congresso Nacional. E o Executivo depende de aprovação do Orçamento para liberar recursos para seus programas. Esclarecemos que, tão logo houve a aprovação orçamentária, os recursos passaram a ser liberados para os municípios."
François René S. Lima, chefe da assessoria de comunicação do Ministério da Educação (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos", abaixo.

Em defesa de São Paulo
"No "Painel do Leitor" de 16/7, um curitibano destilou toda a sua inveja (por não ser paulista, nem viver numa cidade incrível como esta) de São Paulo, chegando à mais arrogante grosseria, apoiado nas críticas do jornalista Clóvis Rossi, que diz que a capital paulista tem os políticos que merece. O tal curitibano desconhece que a nossa megacidade reúne gente de todo o Brasil e do mundo. Por isso, curitibano, saiba que nossa São Paulo espelha o Brasil, que elege ACMs, Collors, Itamares. Infelizmente, São Paulo também elege o carioca Pitta."
Sergio Leopoldo Rodrigues (São Paulo, SP)


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