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Em aceleração
A SAFRA mais fresca de
indicadores corrobora
a avaliação de que,
além de ter saído da recessão, a atividade econômica se
expande de forma acelerada no
Brasil. Em agosto, soube-se na
semana passada, o país criou 242
mil vagas de trabalho com carteira assinada -um saldo que superou as expectativas otimistas.
Esse é um dado, somado a outros na mesma direção, a indicar
que o país, neste terceiro trimestre, dá sequência ao movimento
positivo, já confirmado pelo IBGE, dos três meses anteriores.
De abril a junho, o PIB cresceu
1,9%, comparado ao primeiro trimestre de 2009. Inverteu-se a
tendência de queda da produção
verificada no semestre anterior.
O principal motor da retomada
foi o consumo das famílias, que
voltou a crescer impulsionado
pelo retorno dos empréstimos
bancários e pelas medidas de desoneração fiscal. Como, na média, o impacto da crise externa
no emprego e na renda do trabalhador brasileiro foi brando,
aquelas medidas produziram
efeito relativamente rápido.
Apesar da retomada da indústria, o segmento mais castigado
pela derrocada mundial, o IBGE
mostrou clara estagnação nos investimentos produtivos -cruciais para a expansão prolongada
da economia- no segundo trimestre. Contudo, alguns dados
deste terceiro trimestre, embora
parciais, dão motivo a um certo
otimismo também quanto a esse
aspecto.
A produção de bens para aumentar a capacidade da indústria veio subindo entre abril e julho. Da mesma forma, as importações de máquinas e equipamentos industriais e agrícolas
acusam expansão recente. Setores que produzem bens de investimento também figuram entre
os que mais aumentaram contratações formais em agosto.
De agora em diante, cabe ao governo apertar o controle sobre
suas despesas e evitar que o excessivo gasto público alimente
pressão inflacionária -o que poderia prejudicar a desejável continuidade de um ciclo virtuoso.
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