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VINICIUS TORRES FREIRE
Edith Piaf e as mentiras do PFL
SÃO PAULO - A cúpula do PFL mostrou na TV sua ira posada diante do
aumento de impostos que virá, dizem, patrocinado por Lula.
Os pefelês se debatem em desespero.
Apanharam do PT nas urnas. Tiveram de sair do governo, sua razão de
viver. Viram seu partido rachar e
murchar, pois a ânsia irreprimível
pela boquinha fez pefelês se bandearem para os lados do PT.
Sem governo, sem boca-rica, os pefelês não podiam admitir de resto
que o PT ainda ficasse com o monopólio da mentira. Sim, pois o PFL estampou sua tendência à patranha logo no batismo do partido. Adeptos
animados da ditadura, coronéis e capatazes do regime militar fundaram
uma legenda chamada Frente Liberal (liberal da ditadura!) assim que
viram o barco em que estavam fazer
água. Agora, vão à TV para mentir
sobre impostos.
A dupla PSDB-PFL patrocinou o
mais rápido e intenso aumento de
impostos da história do país. Depois
de ver na TV a cascata histórica e o
passado pefelista renegado, dava
vontade de ouvir Jorge Bornhausen
cantar, como Edith Piaf, "rien de
rien, je ne regrette rien..., je me fous
du passé" ("não me arrependo de nadica de nada, tô nem aí pro passado",
em tradução livre e "moderna").
O PFL reclama que a reforma tributária de Lula vai causar aumento
do preço da comida. Quer que o governo federal ceda parte do dinheiro
que arrecada para as cidades.
Mas o PFL, como o partido da boquinha número um de FHC, ajudou
o PSDB a aumentar a alíquota de
contribuições, tributos que justamente tiram dinheiro de Estados, municípios, educação e saúde.
O PFL ajudou a aumentar impostos que pesam no preço da comida a
ponto de fazer crescer o número de
indigentes. Pior, houve aumento de
impostos e contribuições (que de resto arruínam o setor produtivo e o emprego, que o PFL diz prezar) porque
tucanos e pefelês fizeram o Estado falir com endividamento irresponsável, que bancou uma bolha de crescimento econômico e a eleição dessas
figuras revoltantes.
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