São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Impostos demais
"Atualmente, o que mais incomoda o assalariado não é a inflação, e sim os impostos e as taxas cobrados. Segundo alguns entendidos, salário não é renda.
Quando pensamos em tirar férias em janeiro e viajar com a família, deparamos com os temidos impostos e taxas que começam a chegar impiedosamente (IPTU, IPVA, imposto sindical e outros mais), acabando com nosso divertimento tão sonhado."
José Ney Maciel Brabo (Santos, SP)

Segurança em São Paulo
"Em resposta à carta de Luiz Roberto Carchedi ("Painel do Leitor", pág. A3, 11/ 11, nota "Toque de recolher'), a Secretaria da Segurança Pública esclarece:
Durante policiamento na Baixada do Glicério, cinco bandidos foram presos e dois morreram na troca de tiros após resistência à prisão. O suposto toque de recolher foi uma reação à ação da PM no combate ao tráfico de drogas.
O policiamento normal na região é de 83 homens e foi reforçado, no dia, para 120 PMs. É importante ressaltar que a Baixada do Glicério nunca foi dominada pelo crime organizado e que em São Paulo não há território proibido.
A polícia está presente em todas as áreas da capital e do Estado. Ela é preparada, bem equipada, e a modernização da estrutura organizacional vai tornar seu desempenho ainda mais eficiente."
Carlos Alberto da Silva, Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual da Segurança Pública (São Paulo, SP)

Considerações sobre a esquerda
"Fiquei indignado, como professor e como leitor diário deste jornal, com o artigo do sr. Olavo de Carvalho ("Resumo da encrenca", Tendências/Debates, pág. A3, 18/11), no qual ele cita uma suposta simpatia do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, por movimentos sórdidos intitulados Farc e MIR. Um jornalista e escritor respeitado não pode e não deve levantar acusações tão graves baseado em definições próprias."
Alexandre César Gilsogamo Gomes de Oliveira (São Paulo, SP)
 

"Parabenizo o texto de Olavo de Carvalho e a Redação deste conceituado jornal, que trazem mais clareza ao momento atual, com muita objetividade."
Alvaro Neves (Curitiba, PR)

Equipe econômica
"Entendo que um dos grandes méritos do governo FHC na área econômica foi manter o ministro Pedro Malan [Fazenda], e ele ter escolhido Armínio Fraga [presidente do Banco Central].
Para os respectivos cargos, não é somente necessário ser bom. O mais importante é ter o reconhecimento e o respaldo internacional, pois é de fora que vêm os dólares tão necessários para manter a economia saudável. O PT e Lula sempre satanizaram Malan e Fraga. Porém, reconhecer em tempo que os dois foram e ainda são uma ótima opção não é nenhum pecado. Penso que Armínio Fraga continuar no BC seria muito melhor para a economia brasileira do que para ele próprio."
João Israel Neiva (Belo Horizonte, MG)

Adiar ou não?
"O presidente eleito, sr. Luiz Inácio Lula da Silva, tem o direito de pleitear que a data de sua posse seja protelada de 1º para 6 de janeiro, pois quer que seus mais ilustres convidados, como os srs. Fidel Castro, Lionel Jospin e Hugo Chávez, estejam presentes. Apenas o que não se pode é violar a previsão constitucional."
Luciano De Paoli (São Paulo, SP)
 

"Por que insistir tanto na mudança no dia da posse do novo presidente? O presidente eleito, que já prometeu trabalhar 24 horas desde o primeiro dia, afirma que não vai querer adiar o início de suas atividades.
O PT, partido que pela primeira vez chega ao poder federal, já demonstraria receio de assumir. Não interessa ao povo brasileiro, que, agora, cheio de esperança, quer ver o novo governo atuante, cumprindo suas promessas de quatro campanhas presidenciais."
David Kestenberg (Rio de Janeiro, RJ)

Governo petista
"Li a carta de Carlos Dunham ("Painel do Leitor", pág. A3, 15/11, nota "Expectativas sobre o PT'). Dizer de modo pejorativo que "Lula vai ao dentista" é uma das mais grosseiras agressões possíveis, como se o desejo de melhorar fisicamente, intelectualmente, culturalmente fosse privilégio de castas, não sendo permitido às classes "menos nobres" fazê-lo."
Eduardo de Camargo Passos (São Paulo, SP)
 

"A carência de referências cidadãs (urbanidade, educação, ética) é suprida por figuras que beiram o messianismo e a venda de ilusões a preço de mascate. Como toda pirotecnia, essa ilusão dura pouco: cupons da miséria, ataque à lei de responsabilidade fiscal, exumação de cadáveres políticos para participar do governo etc. são expressões marcantes desses novos tempos. Quarenta anos em quatro; que não sejam 40 anos de retrocesso em quatro anos de governo."
Raymond Kappáz (São Paulo, SP)

Sotaque ministerial
"Um pouco impertinente e bairrista a colocação de Eliane Cantanhêde ("Paulistério desvairado", Opinião, pág. A2, edição de ontem). Um governo deve ser formado por dois fatores: confiança e competência. O fato de ser constituído preponderantemente por paulistas justifica-se pelo colégio eleitoral. Os maiores desenvolvimentos, inclusive democráticos, vieram com a coesão governamental da era FHC. Ser paulista é, antes de mais nada, ser brasileiro."
Piero Augusto Sellan (São Paulo, SP)

Improbidade
"O Movimento do Ministério Público Democrático, entidade comprometida com a luta pela prevalência dos valores do Estado democrático de Direito, faz coro com Josias de Souza ("O futuro da corrupção nas mãos do STF, Brasil, pág. A9, 17/11), que enfatizou a importância da deliberação do Supremo Tribunal Federal sobre a competência de julgamento de altas autoridades da República responsabilizadas judicialmente por atos de improbidade administrativa."
Jaqueline Lorenzetti Martinelli, coordenadora-geral do MPD (São Paulo, SP)

Permanência no partido
"Diferentemente do que informa a nota "Repeteco radical" ("Painel", pág. A4, 17/11), não cogito sair do PT e jamais falei sobre isso com qualquer interlocutor. As possibilidades criadas pela vitória de Lula me entusiasmam.
O governo do PT representa a derrota do neoliberalismo e tem a chance histórica de fazer as mudanças de que este país tanto precisa. Vou lutar no Congresso, nas ruas e nas instâncias partidárias para que as esperanças depositadas no PT se concretizem."
Lindberg Farias, deputado federal eleito pelo PT/RJ (Rio de Janeiro, RJ)

Lances do futebol
"Wanderley Luxemburgo é um filho do Palmeiras. Mesmo tendo "nascido" antes para o futebol no Bragantino, foi no glorioso Verdão que se firmou como treinador. Talvez nestes tempos de parricídio, a psicanálise possa ajudar a entender o que aconteceu no início do Campeonato Brasileiro, culminando com o rebaixamento."
Jorge João Burunzuzian (São Paulo, SP)
 

"Como palmeirense frequentadora de estádios, desejo protestar pacífica mas veementemente contra nova eleição de Mustafá Contursi. Afirmo ainda que continuarei pagando meu ingresso semanalmente na Segunda Divisão, mas não o farei se houver virada de mesa."
Elaine Cristine Sartorelli (São Paulo, SP)


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