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ACORDO AMBIENTAL
As licenças ambientais para
obras que envolvam exploração
de recursos naturais ou riscos de poluição têm sido motivo de intensa
controvérsia entre órgãos governamentais e empresários interessados
em investir. O licenciamento ambiental é freqüentemente considerado por lideranças empresariais como
um sério entrave à realização de projetos. Obviamente, é imprescindível
que o poder público se certifique dos
impactos ambientais que possam ser
gerados pelos diversos empreendimentos, mas essa missão não deve
se traduzir em paralisia e obstrução
ao desenvolvimento econômico.
Empresários têm detectado morosidade na avaliação e, conseqüentemente, na aprovação dos projetos
por parte dos órgãos competentes. A
responsabilidade pela lentidão recairia principalmente sobre o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e, em última instância, sobre o
Ministério do Meio Ambiente.
No entanto a tônica do debate entre
empresários, de um lado, e Ministério e Ibama, de outro, parece estar
mudando. A troca de acusações começa a dar lugar a tentativas mais fecundas de resolver os problemas. Ao
que tudo indica, a busca de entendimento vem dando o tom das reuniões entre representantes do governo e da classe empresarial.
As parcerias que vêm reunindo órgãos governamentais e entidades
empresariais, como a Associação
Brasileira de Infra-Estrutura e Indústria de Base e a Confederação Nacional da Indústria, são indícios de um
ambiente mais construtivo. Através
dessas ações, pretende-se, por exemplo, fazer do licenciamento uma etapa regular do planejamento de obras
e gerar recursos para capacitar técnicos da área ambiental. Em ambos os
casos, o que se visa é acelerar os processos de concessão de licenças e
melhorar a qualidade dos projetos.
Não é muito, mas é um começo.
Em um governo que tem se caracterizado pela inépcia administrativa,
iniciativas raras como essas são elogiáveis e deveriam servir de exemplo.
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