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FERNANDO RODRIGUES
Reforma ministerial
BRASÍLIA - É sabido que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará uma
reforma ministerial até o final deste
ano. O desejo do Planalto era deixar
o rearranjo para dezembro. Ou para
o início de 2004. Não será possível.
Votada a reforma da Previdência,
algumas peças na Esplanada dos Ministérios deverão ser mexidas. A reforma tributária será concluída -ou
não- já sob uma nova configuração
de ministros. Haverá pelo menos um
nomeado do PMDB. É possível que o
PP (ex-Arena, ex-PDS, ex-PPR e ex-PPB) também seja contemplado.
O atual ministro da Previdência, o
deputado federal Ricardo Berzoini
(PT-SP), receberá um prêmio pelo
trabalho. Tem chance de ser nomeado ministro-coordenador de toda a
área social federal.
A pasta da Previdência ficaria vaga
para um economista ponderado. Um
técnico meticuloso que comandaria a
implantação do novo regime de aposentadoria para os servidores públicos. Um cargo desenhado sob medida
para Guido Mantega, hoje no Ministério do Planejamento.
Para o Planejamento poderiam rumar dois quadros de elite e de total
confiança de Lula: Ciro Gomes (ministro da Integração) ou Miro Teixeira (Comunicações).
Para o PMDB sobraria a Integração Nacional ou Comunicações. Para
o PP, tudo vai depender de como essa
sigla se comportar na votação das reformas -e de como será o desempenho de cerca de meia dúzia de petistas inoperantes na Esplanada.
A depender do que alguns petistas
têm feito até o momento, podem sobrar até duas vagas de ministro para
o PMDB e uma para o PP. A bancada
do PP, aliás, deve passar de 50 deputados nos próximos dias.
Miro Teixeira deve esperar mais para
decidir seu destino partidário. Vai ficando no PDT. Mas pode acabar no
PMDB, no PPS ou no PSB.
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