|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FERNANDO RODRIGUES
Necessidades paulistanas
BRASÍLIA - É uma necessidade para todos os partidos com expressão nacional ter um desempenho positivo
na eleição para prefeito de São Paulo
no ano que vem.
Para o bem ou para o mal, o PT decidiu federalizar essa disputa. O presidente Lula já se declarou quase em
campanha pela reeleição da prefeita
petista Marta Suplicy.
O lado mais dramático fica para o
PSDB. É vital para os tucanos impedir a reeleição de Marta.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não pode disputar a reeleição em 2006. Quer ser candidato a presidente da República. Sabe que suas chances diminuem se
não tiver um grande cabo eleitoral
na prefeitura paulistana.
Pior do que isso. Se o candidato que
escolher tiver um desempenho ruim
na sucessão de Marta, Alckmin diminuirá o seu cacife dentro do partido
para negociar uma saída política em
2006.
O ciclo político brasileiro é de oito
anos. A exemplo dos Estados Unidos,
é sempre mais fácil tentar ganhar o
governo de um Estado ou a Presidência da República quando o ocupante
da cadeira está de saída.
Em 2006, Lula disputará a reeleição. Um candidato tucano só terá
êxito em condições especiais. Por
exemplo, Alckmin precisa construir
uma retaguarda muito sólida no seu
Estado, a começar pela capital.
Caso contrário, o PSDB ficará em
risco de perder também o Palácio dos
Bandeirantes. Há uma lista de nomes
fortes do PT cobiçando a cadeira de
Alckmin: Marta Suplicy, Aloizio
Mercadante, Antonio Palocci e José
Genoino (esse último, a rigor, prefere
voltar para a Câmara e presidir essa
Casa do Congresso).
Por todas essas razões, fazem sentido os testes que o governador paulista vem fazendo com nomes novos para disputar contra Marta no ano que
vem. Ocorre que o resultado inicial
das sondagens não poderiam ser piores para os tucanos.
Texto Anterior: São Paulo - Alcino Leite Neto: A última que morre Próximo Texto: Rio de Janeiro - Carlos Heitor Cony: Assassino em massa Índice
|