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São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2003

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FERNANDO RODRIGUES

Necessidades paulistanas

BRASÍLIA - É uma necessidade para todos os partidos com expressão nacional ter um desempenho positivo na eleição para prefeito de São Paulo no ano que vem.
Para o bem ou para o mal, o PT decidiu federalizar essa disputa. O presidente Lula já se declarou quase em campanha pela reeleição da prefeita petista Marta Suplicy.
O lado mais dramático fica para o PSDB. É vital para os tucanos impedir a reeleição de Marta.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não pode disputar a reeleição em 2006. Quer ser candidato a presidente da República. Sabe que suas chances diminuem se não tiver um grande cabo eleitoral na prefeitura paulistana.
Pior do que isso. Se o candidato que escolher tiver um desempenho ruim na sucessão de Marta, Alckmin diminuirá o seu cacife dentro do partido para negociar uma saída política em 2006.
O ciclo político brasileiro é de oito anos. A exemplo dos Estados Unidos, é sempre mais fácil tentar ganhar o governo de um Estado ou a Presidência da República quando o ocupante da cadeira está de saída.
Em 2006, Lula disputará a reeleição. Um candidato tucano só terá êxito em condições especiais. Por exemplo, Alckmin precisa construir uma retaguarda muito sólida no seu Estado, a começar pela capital.
Caso contrário, o PSDB ficará em risco de perder também o Palácio dos Bandeirantes. Há uma lista de nomes fortes do PT cobiçando a cadeira de Alckmin: Marta Suplicy, Aloizio Mercadante, Antonio Palocci e José Genoino (esse último, a rigor, prefere voltar para a Câmara e presidir essa Casa do Congresso).
Por todas essas razões, fazem sentido os testes que o governador paulista vem fazendo com nomes novos para disputar contra Marta no ano que vem. Ocorre que o resultado inicial das sondagens não poderiam ser piores para os tucanos.


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