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FRUTOS DO AGRONEGÓCIO
O agronegócio, uma atividade que comporta elevados riscos, pois depende de condições climáticas para obter bons resultados,
tem respondido com eficiência no
Brasil às principais políticas públicas
que visam a apoiá-lo. São os casos da
reestruturação das dívidas do setor,
do Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas, Implementos Associados e Colheitadeiras) e das pesquisas da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias).
Entre 1990 e 2003, a expansão das
áreas plantadas no país foi de 23,3%,
em detrimento de áreas de pastagens. No entanto, os ganhos de escala, a diversificação de culturas e o
avanço tecnológico permitiram um
crescimento da produtividade de
125% na agropecuária, de acordo
com o Ministério da Agricultura.
Com isso, o país vai se transformando num grande produtor e exportador mundial de alimentos. Em
2004, devem-se colher 130 milhões
de toneladas de grãos, 5,9% acima
da safra de 2003. O agronegócio já
responde por 33,8% do PIB (Produto
Interno Bruto) do país, 37% do emprego e 44% das exportações. O setor
tem apresentado superávit comercial
crescente, acima de US$ 25 bilhões,
sob a liderança do complexo soja. As
exportações do agronegócio aproveitam os aumentos de preços nos mercados internacionais, possibilitando
uma elevação da renda setorial.
Todavia, o setor ainda sofre com as
precariedades da infra-estrutura, sobretudo em transporte e armazenagem. No caso da soja, por exemplo,
enquanto o produto americano era
comercializado a US$ 1.056,10, a
mesma quantidade brasileira recebia
US$ 935,75 por ineficiência na estrutura logística de exportação.
Nesse sentido, há muito a fazer,
desde a melhoria das estradas à modernização de portos. Será preciso
também enfrentar a questão da saída
para o Pacífico, onde se encontram
grandes mercados, como a China,
que comprou US$ 2 bilhões de soja
brasileira em 2003.
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