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MUNDO URBANO
Novas projeções divulgadas
pela ONU sugerem que, em
2007, pela primeira vez na história, a
maioria da população do planeta estará vivendo em cidades. O relatório
"Perspectivas da Urbanização do
Mundo: Revisão de 2003" revela também que, em 2030, a população urbana deverá ser de 5 bilhões, contra
3,2 bilhões nos campos.
A urbanização do planeta tem, como não poderia deixar de ser, muitas
facetas. Um dos efeitos positivos
mais notáveis é a redução no ritmo
do crescimento populacional.
Viver em cidades significa, hoje,
maior acesso a educação e a métodos
contraceptivos, o que se traduz em
menor número de filhos. Em 1987, a
Terra contava com 5 bilhões de habitantes. Chegou aos 6 bilhões em
1999. Ou seja, ganhou 1 bilhão de
pessoas num intervalo de apenas 12
anos. O ritmo de crescimento, porém, já começou a reduzir-se. Ao que
tudo indica, serão necessários agora
14 anos para chegar aos 7 bilhões.
É claro que há também efeitos menos positivos. Cidades magnificam
epidemias e potencializam as perdas
na ocorrência de desastres naturais,
como terremotos, enchentes e furacões. Produzem ainda fenômenos
específicos como a violência urbana.
Além disso, exercem pressão sobre o
ambiente de vários modos, incluindo a emissão de gases-estufa que estão levando à gradativa elevação da
temperatura do planeta.
Antes, porém, de desejar a volta do
idílico estilo de vida campestre, sem
os inconvenientes da vida moderna,
é oportuno lembrar que a urbanização está ligada à esmagadora maioria das grandes realizações humanas, que incluem as artes e as ciências. Convém também recordar que,
no final da Pré-História, o homem vivia em média pouco mais de 20 anos.
Hoje, depois da revolução da medicina, nos países desenvolvidos, as pessoas vivem mais de 75 anos.
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