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PRESOS EM CUBA
A Unesco (Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) concedeu
ao jornalista e poeta cubano Raúl Rivero o prêmio Guillermo Caño de Liberdade de Imprensa. Rivero é mais
uma vítima da ditadura de Fidel Castro: foi condenado em abril de 2003 a
20 anos de prisão por sua oposição
ao regime. Foi acusado de escrever
artigos "subversivos" para a ONG
francesa Repórteres sem Fronteiras.
Caño, que dá nome ao prêmio, foi
um renomado jornalista colombiano, assassinado em 1986.
A escolha da Unesco veio depois de
um ano especialmente sombrio para
os que lutam por liberdades na ilha
de Fidel. Em 2003, o regime cubano
fuzilou três cidadãos que seqüestraram uma balsa para tentar chegar à
Flórida e prendeu e condenou, em
farsas judiciais, dezenas de dissidentes. A escalada repressiva provocou
reações em diversos países. Foi formalmente repudiada pelo Parlamento Europeu, que criticou as "contínuas e flagrantes violações dos direitos humanos, civis e políticos e das
liberdades fundamentais de membros da oposição cubana e de jornalistas independentes". Até mesmo
fiéis e históricos apoiadores da ditadura insular, como o escritor José Saramago e a cantora Mercedes Sosa,
viram-se compelidos a romper com
Fidel depois das execuções.
É grotesco que no Brasil o odioso
regime cubano ainda seja tratado
com complacência, de forma quase
folclórica, encontrando respaldo não
apenas entre supostos democratas,
mas no próprio governo federal. De
fato, o "companheiro" Fidel tem sido não apenas poupado, mas flagrantemente apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por seu
combalido braço direito, José Dirceu, que morou em Cuba quando
exilado do Brasil.
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