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BLOCOS EMPRESARIAIS
Está cada vez mais claro que
os países em desenvolvimento
com melhor desempenho, particularmente no comércio mundial, são
aqueles que conseguiram fomentar
suas próprias empresas transnacionais. Grandes empresas propulsionam o avanço tecnológico e auxiliam
no processo de acumulação de reservas internacionais.
Agora que o núcleo do governo federal prepara uma política estratégica de desenvolvimento, deve-se observar e facilitar a expansão de empresas com vocação global.
Registre-se o caso da Braskem.
Formada no ano passado com a integração dos ativos petroquímicos dos
grupos Odebrecht e Mariani, a Braskem se tornou a segunda maior fornecedora mundial de polietileno de
alto peso molecular, um plástico de
elevado valor agregado. A empresa
passou a deter 25% do mercado
mundial dessa resina plástica, atrás
somente da alemã Ticona. Aproximadamente 95% da produção são
exportados, sobretudo para os Estados Unidos e o Canadá. A demanda
global por esse produto cresce aceleradamente. Em 2002, as vendas da
empresa aumentaram 162%. A Braskem tem planos para expandir-se na
Ásia e na Europa, além de iniciar a
comercialização de outras resinas
termoplásticas nos EUA.
A política estratégica de desenvolvimento deveria considerar e incentivar a reorganização empresarial brasileira, permitindo a construção de
complexos industriais e financeiros
de grande porte, estimulando a diversificação setorial e a capacidade
de geração de progresso técnico. O
fortalecimento dos grandes grupos
empresariais tende a ampliar a competitividade da economia brasileira.
Mas o fomento dessas formas empresariais mais avançadas, vale lembrar, precisa seguir de passo com o
aperfeiçoamento de políticas de fiscalização da concorrência e de acompanhamento da formação de preços
no mercado doméstico.
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