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São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Sindicalismo
"A declaração de Lula apresentada na reportagem "Tempo do "sindicalismo de contestação" passou, diz Lula" (Dinheiro, 30/7) é semelhante à de Francis Fukuyama sobre o fim da história. Parece-me que, nos anos de ócio antecipado, Lula não leu sobre a história do movimento operário, que já viveu momentos piores dos que os atuais no Brasil e no mundo e nem por isso acabou. Quem já se acabou mesmo foi o líder sindical Lula, que mudou de lado, trocando o trabalho pelo capital. Aos sindicatos, preocupados com o exército de quase 3 milhões de desempregados (493 mil dos quais fabricados pelo governo petista), só resta exigir o cumprimento da promessa de 10 milhões de novos empregos feita outros tantos milhões de vezes pelo presidente na sua campanha eleitoral."
Elias da Costa Lima (São Paulo, SP)

Previdência
"Estou satisfeito com a votação da reforma da Previdência conforme o proposto pelo governo. Parabenizo todos os deputados e, em especial, o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, que tem conduzido o debate com a sociedade de forma transparente. Fico chateado apenas com a manifestação de uns poucos, a minoria barulhenta, que grita e xinga os verdadeiros brasileiros. Mas o governo está certo no caminho das reformas para que nossa nação possa ser, de fato, chamada de grande."
Alan Paiva (São Paulo, SP)

Jornalismo
"O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Fred Ghedini, foi muito feliz com o seu texto "Por um jornalismo de boa qualidade" ("Tendências/Debates", pág. A3, 28/7), sobre o diploma de jornalista. Estou de acordo com ele quando diz que "o que garante o direito de expressão de qualquer um no jornalismo é o exercício ético da profissão". Concordo também com o fato de que "superaremos essa situação absurda que é a de qualquer pessoa, alfabetizada ou não, poder hoje ter o seu registro de jornalista". Não existe aberração maior do que os tais "jornalistas precários", que conseguiram o registro de jornalista graças à sentença de uma juíza sem ao menos saberem o que significa ética profissional. Ainda bem que a liminar que autorizava tal absurdo caiu."
João Júlio da Silva (São José dos Campos, SP)

São Paulo
"Em que cidade o nosso vice-prefeito vive? Dizer que São Paulo é uma nova cidade, que do caos deixado pelos dois governos anteriores surgiu uma cidade bem assistida em saúde, transporte, coleta de lixo, educação etc. é muito ufanismo ("A performance do governo municipal", "Tendências/Debates", 28/7). Certamente essa seria a cidade em que o notável Hélio Bicudo gostaria de viver, mas que infelizmente, está longe da realidade paulistana. A pesquisa reflete, sim, descontentamento com taxas discutíveis, mas isso é reflexo da muita propaganda e da pouca ação do governo atual. Se correta a interpretação do senhor vice-prefeito, os EUA e a França serão "invadidos" pelos paulistanos que não têm mais onde gastar tanto dinheiro que sobra no fim do mês e que desejam tirar férias de uma cidade onde tudo está perfeito."
Pedro Henrique Cardim (São Paulo, SP)

Iraque
"Não posso deixar de manifestar o meu profundo desagrado em relação à forma como esse prestigioso jornal vem tratando a irracional agressão norte-americana ao Iraque, particularmente em relação às notícias veiculadas, que demonstram uma parcialidade inadmissível. A lamentável morte de civis iraquianos, inclusive mulheres e crianças, é apresentada sem nenhum destaque, enquanto a também lamentável morte de soldados norte-americanos aparece até em manchetes na Primeira Página. O que realmente pretende a Redação? Em respeito ao leitor, é preciso que haja mais equilíbrio no tratamento e na apresentação das informações."
Claudio Zaki Dib (São Paulo, SP)

Educação
"Em um momento em que a educação, em especial na escola pública, vem sendo vítima de um processo de desmonte, com prejuízo para o progresso do país, o que explica o crescimento da violência em nossos grandes centros urbanos, publicações como o caderno Sinapse (29/7) servem de estimulante material para a nossa aguerrida classe dos professores. A Folha, depois do brilhante "Quem avalia a avaliação", consegue se superar com o caderno "O futuro da escola". Trata-se de material que vem sendo incorporado à biblioteca de nosso sindicato como fonte obrigatória de consulta para nossos filiados. Como presidente de um sindicato de professores públicos (exclusivamente de professores) do Estado do Rio de Janeiro, não poderia deixar de transmitir os sinceros parabéns aos jornalistas que tão brilhantemente editam o Sinapse e o nosso agradecimento como professores."
Teresinha Machado da Silva, presidente da União dos Professores Públicos no Estado do Rio de Janeiro (Niterói, RJ)

Terra
"Em relação à reportagem "MST constrói "universidade" de R$ 7 milhões" (Brasil, 27/7), devo dizer que me sinto muito feliz em saber que existe um movimento social que foi gerado não pela disposição de medir força com ninguém, mas no sentido de organizar famílias com magnificente força de trabalho, famílias que vêm sendo perseguidas há mais de cinco séculos por um sistema capitalista dominante que, além de lhes tirar a terra, ainda lhes surrupiou o direito de viverem como cidadãos. Os deveres dos sem-terra são colocados como verdade absoluta, mas não se fala em seu direito de dizer que não querem continuar com a vida miserável que levam. Aqui na minha região, há uma escola agrotécnica federal em construção há vários anos -com uma área de quase 15 mil m2 e quase 70 ha. de terra- em absoluto abandono, e isso jamais foi manchete de jornal. A história é antiga. Para pobre com fome, basta dar comida. Mas pobre escolarizado é preocupante. A verdade é que a ideologia dominante quer "educar" as pessoas para assumir uma posição de neutralidade diante da grave situação de desigualdade instalada na sociedade."
Antonio Carlos da Rocha (Nova Andradina, MS)

TRT-SP
"Foi com extrema surpresa e insatisfação que me deparei com o "desabafo" do senhor Nicolau dos Santos Neto no "Painel do Leitor" de ontem. Utilizar esse espaço para se defender de acusações criminais, além de inaceitável apelação, é um desrespeito para conosco, leitores e cidadãos comuns."
Alan Rodrigo Pizol de Lima (Votorantim, SP)


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