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Baixo crescimento é impulsionado por países emergentes

DE WASHINGTON

O Fundo Monetário Internacional anunciou ontem uma redução nas projeções para o crescimento global neste e no próximo ano, após um desempenho pior que o esperado dos países emergentes no último trimestre -Brasil inclusive.

Na nova versão, o FMI espera que a economia global avance, respectivamente, 3,5% e 3,9% em 2012 e 2013, um corte de 0,1 ponto percentual neste ano e de 0,2 ponto no próximo em relação à projeção feita em abril.

"A perspectiva de crescimento nas economias avançadas [fora da Europa] e nos mercados emergentes é um pouco mais fraca, o que os deixa mais vulneráveis a respingos da zona do euro", disse o chefe do departamento de Mercados Monetários e de Capitais do FMI, José Viñals, em entrevista.

"Isso também reduz sua capacidade de lidar com vulnerabilidades fiscais e financeiras domésticas", disse, acrescentando que as incertezas sobre como os EUA lidarão com o problema fiscal agravam a instabilidade.

A principal razão para a revisão, segundo o FMI, foi a desaceleração na China, na Índia e no Brasil no segundo trimestre.

Ainda assim o FMI espera uma "aterrissagem suave" (nada de quebradeiras), capacidade de incentivar a demanda e avanços acima da expectativa do mercado. Mas não sem riscos.

"Os fluxos de capitais devem se manter muito voláteis, e as exportações para os países de economia avançada, a meia força", alertou o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard.

Outro ponto de atenção é a inadimplência.

IMPASSE

Nos EUA, o Fundo voltou a mostrar preocupação com a falta de consenso sobre a política fiscal, acirrada pela polarização partidária.

O impasse pode causar problemas em 2013, quando for votado o aumento do limite para a dívida federal. Para Itália e Espanha, as maiores economias em crise, o FMI recomendou mais ação dos governos.

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