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FOCO
"Personagem" da campanha, Paulo Preto diz estar magoado
ANDRÉA MICHAEL
DE SÃO PAULO
Logo após votar, no final
da tarde de ontem em São
Paulo, o ex-diretor de Engenharia da Dersa Paulo Vieira
de Souza afirmou que foi usado na campanha eleitoral.
Personagem que se tornou
pública no segundo turno,
ele disse que está "magoado"
por ter sido acusado por integrantes do PSDB de arrecadar verba ilegalmente e desviar R$ 4 milhões destinados
à campanha de José Serra.
"Estou magoado. Hoje eu
tenho como resultado disso
12 processos e representações criminais. Nunca pautei
minha vida para ter isso como objetivo", disse Souza.
"Vou esclarecer jurídica e
tecnicamente item por item
tudo de que fui acusado.
Simplesmente fui usado na
campanha. O início de tudo
isso se deu por integrantes do
PSDB e foi utilizado pela candidata Dilma Rousseff [PT]."
Ele votou às 16h30 numa
escola no Butantã (zona oeste). Chegou de táxi, sozinho.
APELIDO
O engenheiro lamentou o
fato de Serra, em vez de falar
das obras que ele tocou na
Dersa, ter de sair em defesa
de sua idoneidade. Para ele,
o tucano poderia ter usado
seu trabalho no programa
eleitoral. Na Dersa, Souza
chefiou a gestão das obras do
Rodoanel, da av. Jacu-Pêssego e da marginal Tietê.
Souza repudia o apelido
de "Paulo Preto", que, diz,
caiu bem na imprensa e, "por
ciúmes" e preconceito, estimulou o assunto de que ele
seria um arrecadador de caixa-dois para o PSDB.
Fez questão de explicar a
frase segundo a qual não se
deixa "um líder ferido na estrada", dita à Folha e que
causou repercussão: "Eu me
referia à ingratidão por tudo
que eu fiz, ingratidão do próprio governo. Esperava que
todos desmentissem, como
alguns fizeram".
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