São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2010

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FOCO

"Personagem" da campanha, Paulo Preto diz estar magoado

ANDRÉA MICHAEL
DE SÃO PAULO

Logo após votar, no final da tarde de ontem em São Paulo, o ex-diretor de Engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza afirmou que foi usado na campanha eleitoral.
Personagem que se tornou pública no segundo turno, ele disse que está "magoado" por ter sido acusado por integrantes do PSDB de arrecadar verba ilegalmente e desviar R$ 4 milhões destinados à campanha de José Serra.
"Estou magoado. Hoje eu tenho como resultado disso 12 processos e representações criminais. Nunca pautei minha vida para ter isso como objetivo", disse Souza.
"Vou esclarecer jurídica e tecnicamente item por item tudo de que fui acusado. Simplesmente fui usado na campanha. O início de tudo isso se deu por integrantes do PSDB e foi utilizado pela candidata Dilma Rousseff [PT]."
Ele votou às 16h30 numa escola no Butantã (zona oeste). Chegou de táxi, sozinho.

APELIDO
O engenheiro lamentou o fato de Serra, em vez de falar das obras que ele tocou na Dersa, ter de sair em defesa de sua idoneidade. Para ele, o tucano poderia ter usado seu trabalho no programa eleitoral. Na Dersa, Souza chefiou a gestão das obras do Rodoanel, da av. Jacu-Pêssego e da marginal Tietê.
Souza repudia o apelido de "Paulo Preto", que, diz, caiu bem na imprensa e, "por ciúmes" e preconceito, estimulou o assunto de que ele seria um arrecadador de caixa-dois para o PSDB.
Fez questão de explicar a frase segundo a qual não se deixa "um líder ferido na estrada", dita à Folha e que causou repercussão: "Eu me referia à ingratidão por tudo que eu fiz, ingratidão do próprio governo. Esperava que todos desmentissem, como alguns fizeram".


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