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Marina pressiona e direção do
PV recua sobre apoio no 2º turno
Senadora defende partido e diz que não há "lugares perfeitos"
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
Pressionada pela ex-presidenciável Marina Silva, a direção do PV prometeu ontem
respeitar o cronograma negociado com ela e esperar até
a convenção do próximo dia
17 para decidir o rumo do
partido no segundo turno.
O acordo foi selado em
reunião entre as duas alas
que disputam o controle da
sigla: a ligada ao presidente
José Luiz Penna, inclinada a
declarar apoio imediato a José Serra (PSDB), e a de Marina, que tende à neutralidade.
Aliados da senadora chamaram de "tentativa de golpe" a ideia de transferir a decisão para a Executiva Nacional, controlada por Penna.
O presidente do PV-SP,
Maurício Brusadin, admitiu
que nada impede um dirigente de encaminhar a proposta na Executiva.
Ontem, Marina e Penna
deram entrevista lado a lado
e tentaram disfarçar o clima
de mal-estar. Ela apresentou
uma versão resumida de seu
plano de governo e disse que
pode não se encontrar com
Serra e Dilma Rousseff (PT).
"Eles podem ter conhecimento [das propostas] independentemente de conversarem conosco", afirmou.
Ao lado de Penna, Marina
alegou que a direção do PV
não seria o alvo de suas críticas ao fisiologismo em reunião com colaboradores de
campanha, reveladas pela
Folha.
"Fiz uma menção de que
tem gente por aí [que aceita
cargos], sem fazer referência
ao partido ou a dirigentes do
partido", disse.
Ela reclamou de informações "obtidas por meios ilícitos". A reportagem reproduziu suas falas de forma lícita,
com a colaboração de participantes do encontro.
Questionada sobre a existência de fisiologismo no PV,
a senadora desconversou:
"Você acha que existem lugares que são perfeitos?"
Colaborou CATIA SEABRA, de São Paulo
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