São Paulo, sábado, 10 de julho de 2010

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"O candidato sou eu", afirma Anastasia

Candidato à reeleição ao governo de MG admite que desafio será se tornar conhecido

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), 49, candidato à reeleição, diz que, apesar de ver com naturalidade a defesa da dobradinha "Dilmasia", "provará" nos palanques que seu candidato é o tucano José Serra. Ele esteve nesta semana nos EUA para assinar contratos de empréstimos de quase US$ 600 milhões com Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Cerca de 20 pontos atrás do senador Hélio Costa (PMDB) nas pesquisas, ele afirmou que seu maior desafio é se tornar conhecido.

Folha - Como o sr. vê a chamada chapa "Dilmasia"?
Antonio Anastasia
- Em Minas temos bases políticas dos governos federal e estadual que se interligam. Esse nome [Dilmasia] surgiu, mas tenho deixado claro que nosso candidato é o Serra. Temos que nos preocupar em organizar o nosso lado. Na urna, a decisão será do eleitor.

O sr. e Aécio se engajarão na campanha de Serra?
Claro, eu e o governador Aécio o apoiaremos. Vamos aparecer os três nos palanques tanto quanto possível. É natural que num primeiro momento tenha havido frustração. Todos nós manifestamos o desejo de ter Aécio [candidato a presidente]. Mas ele próprio achou melhor não ser candidato agora. Então o que temos de fazer é fortalecer o partido.

Uma chapa puro-sangue do PSDB não teria sido melhor?
Uma eleição presidencial passa necessariamente por uma composição partidária. Tinha que haver uma composição com o DEM, e o nome do deputado Indio da Costa é bom. Ele é jovem, animado. Sou a favor da renovação.

Será a primeira vez em que o sr. encabeça a chapa. Como lida com a inexperiência?
Não me espanta. A questão mais importante não é experiência eleitoral, e sim capacidade de trabalho, de convencimento.

Como enfrentar o desconhecimento de seu nome?
Esse é um grande desafio. O desconhecimento em algumas regiões chega a 40%. Por um lado isso é bom, porque não há rejeição. Mas temos que trabalhar muito. Temos 60% do horário eleitoral e uma estrutura política muito boa, com 12 partidos [na coligação], três quartos da Assembleia, mais de 600 prefeitos. E pode ser até bom, pois ao enfim me identificar com o Aécio, o eleitor vai saber que a continuidade não é por pessoa, mas por projeto.

O sr. teme um repeteco do prefeito de BH, Márcio Lacerda (PSB), que quase perdeu por ser visto como um desconhecido apoiado na popularidade do ex-prefeito Fernando Pimentel (PT-MG) e de Aécio?
Nós vamos tomar todas as cautelas. Mas é diferente, pois eu já sou governador. O ex-governador é o fiador dessa continuidade. É evidente que as pessoas têm que confiar no candidato (...), e o candidato sou eu.

Leia a íntegra da entrevista

folha.com.br/po764666


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