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"O candidato sou eu", afirma Anastasia
Candidato à reeleição ao governo de MG admite que desafio será se tornar conhecido
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
O governador de Minas,
Antonio Anastasia (PSDB),
49, candidato à reeleição, diz
que, apesar de ver com naturalidade a defesa da dobradinha "Dilmasia", "provará"
nos palanques que seu candidato é o tucano José Serra.
Ele esteve nesta semana
nos EUA para assinar contratos de empréstimos de quase
US$ 600 milhões com Banco
Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Cerca de 20 pontos atrás
do senador Hélio Costa
(PMDB) nas pesquisas, ele
afirmou que seu maior desafio é se tornar conhecido.
Folha - Como o sr. vê a chamada chapa "Dilmasia"?
Antonio Anastasia - Em Minas temos bases políticas dos
governos federal e estadual
que se interligam. Esse nome
[Dilmasia] surgiu, mas tenho
deixado claro que nosso candidato é o Serra. Temos que
nos preocupar em organizar
o nosso lado. Na urna, a decisão será do eleitor.
O sr. e Aécio se engajarão na
campanha de Serra?
Claro, eu e o governador
Aécio o apoiaremos. Vamos
aparecer os três nos palanques tanto quanto possível.
É natural que num primeiro momento tenha havido
frustração. Todos nós manifestamos o desejo de ter Aécio [candidato a presidente].
Mas ele próprio achou melhor não ser candidato agora.
Então o que temos de fazer é
fortalecer o partido.
Uma chapa puro-sangue do
PSDB não teria sido melhor?
Uma eleição presidencial
passa necessariamente por
uma composição partidária.
Tinha que haver uma composição com o DEM, e o nome
do deputado Indio da Costa é
bom. Ele é jovem, animado.
Sou a favor da renovação.
Será a primeira vez em que o
sr. encabeça a chapa. Como
lida com a inexperiência?
Não me espanta. A questão mais importante não é experiência eleitoral, e sim capacidade de trabalho, de
convencimento.
Como enfrentar o desconhecimento de seu nome?
Esse é um grande desafio.
O desconhecimento em algumas regiões chega a 40%.
Por um lado isso é bom, porque não há rejeição. Mas temos que trabalhar muito. Temos 60% do horário eleitoral
e uma estrutura política muito boa, com 12 partidos [na
coligação], três quartos da
Assembleia, mais de 600 prefeitos. E pode ser até bom,
pois ao enfim me identificar
com o Aécio, o eleitor vai saber que a continuidade não é
por pessoa, mas por projeto.
O sr. teme um repeteco do
prefeito de BH, Márcio Lacerda (PSB), que quase perdeu
por ser visto como um desconhecido apoiado na popularidade do ex-prefeito Fernando
Pimentel (PT-MG) e de Aécio?
Nós vamos tomar todas as
cautelas. Mas é diferente,
pois eu já sou governador. O
ex-governador é o fiador dessa continuidade. É evidente
que as pessoas têm que confiar no candidato (...), e o
candidato sou eu.
Leia a íntegra da
entrevista
folha.com.br/po764666
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