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PT e PMDB já disputam a maior bancada
Partido que eleger o maior número de congressistas deve largar na frente pelo comando de Câmara e Senado
Número de deputados é fundamental para as siglas, porque define o tempo de TV e a fatia
do fundo partidário
DIMMI AMORA
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
PT e PMDB iniciaram uma
disputa particular pela eleição da maior bancada no
Congresso em 2011. Aliados
na corrida presidencial, os
dois partidos avaliam que o
vencedor do duelo larga na
frente na briga pelo comando
da Câmara e do Senado na
nova legislatura.
O PMDB sai em vantagem
na Câmara. A aposta do partido é ampliar sua representação de 89 para 105 deputados. Já o PT, pela grande
quantidade de alianças nos
Estados, pode não conseguir
expandir sua bancada eleita
de 83 parlamentares.
Eleger grandes bancadas
na Câmara é essencial para
os partidos. Além de mais
cargos no Legislativo e no governo, a proporção de deputados eleitos define o tempo
de TV e a partilha do fundo
partidário. Por isso todos
projetam crescimento.
Como a Casa só tem 513 cadeiras, seriam necessárias ao
menos mais 130 para abarcar
as melhores expectativas.
Já no Senado, a situação
PT-PMDB se inverte. Nesta
eleição, 54 dos 81 senadores
têm que renovar mandatos.
O PMDB tem tarefa mais
difícil: dos 18 senadores, 3
têm mandato até 2014. No
PT, que possui nove, três
também estão garantidos.
Como os dois partidos têm
número equivalente de candidatos com chances de vitória em outubro, é provável
que fiquem com bancadas
semelhantes em 2011.
Como apoiam Dilma, ambos trabalham com o cenário
de vitória da ex-ministra. Caso vença José Serra (PSDB),
cujo partido não deve crescer
em relação aos 66 deputados
e 14 senadores eleitos, os
congressistas acreditam que
o jogo volta à estaca zero.
Em 2007, quando o PMDB
formalmente aliou-se ao PT,
o acordo foi que os partidos
se revezassem na presidência da Câmara.
O PT ganhou o primeiro
biênio e o PMDB, o segundo.
Parte do PT reivindicou o
mesmo acordo para o Senado, mas peemedebistas absorveram as duas presidências no segundo biênio sob o
argumento de que o "acerto
se restringia à Câmara".
Para manter-se à frente da
Câmara, o PMDB já começou
a articular com outros partidos. Num almoço em desagravo à bancada dilmista do
PTB (coligado formalmente a
Serra), peemedebistas procuraram líderes de outros
partidos já oferecendo cargos na Mesa Diretora.
O acordo com o PT deve ser
mantido, mas com o PMDB
iniciando a gestão. O favorito
é o líder da bancada, Henrique Eduardo Alves (RN). No
PT, o líder do governo, Cândido Vacarrezza (SP), é tido
como o mais forte.
Já no Senado, o PMDB se
apoia no fato do atual presidente da Casa, José Sarney
(AP), poder ser reeleito. E o
PT aguarda a consolidação
do quadro eleitoral.
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