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Kassab pressiona DEM a antecipar troca de comando
Prefeito, que negocia ida para o PMDB, disse considerar permanência na legenda se tiver condições "confortáveis"
O presidente do partido criticou pressão, mas afirmou estar aberto ao diálogo; para Kassab, é hora de revigorar sigla
Lula Marques/Folha Imagem
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O prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP), no Congresso, onde encontrou líderes do partido
GABRIELA GUERREIRO
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
Em almoço com líderes do
DEM em Brasília, o prefeito
Gilberto Kassab (SP) defendeu ontem a antecipação das
eleições para a escolha de
um novo comando para a sigla -alternativa que, segundo democratas, poderia pôr
fim nas negociações para
que ele vá para o PMDB.
Desgastado com o grupo
ligado ao presidente do partido, Rodrigo Maia (RJ), cujo
mandato vai até o final de
2011, Kassab disse que considera permanecer no DEM se
tiver "condição confortável",
com espaço para transitar
-cenário que seria facilitado
pela troca de comando.
O prefeito almoçou com o
líder do DEM no Senado,
Agripino Maia (RN), e o ex-presidente da sigla, Jorge
Bornhausen (SC). "Posso assegurar que a preferência dele é se manter no partido. Política é diálogo e todos nós
queremos o fortalecimento
do DEM", disse Agripino.
Questionado sobre a antecipação da troca de presidente, o senador tergiversou. "A
renovação acontece, mas ela
não implica imposição. Ninguém é permanente."
Kassab sinalizou ontem
que tem prazo para uma definição. "Teremos até o final de
março para decidir o futuro
do DEM. O momento é de revigorá-lo", afirmou.
Procurado, Rodrigo Maia,
criticou a pressão exercida
pelo prefeito, mas disse que
está aberto ao diálogo. "Todos nós trabalharemos para
que ele permaneça, mas estabelecer as coisas na base da
troca, creio, não é o melhor
caminho", afirmou.
Em São Paulo, Kassab articula a formação de uma "terceira via política", baseada
no agrupamento de partidos
que hoje gravitam em torno
do PSDB e do PT no Estado.
Esse movimento reforçou a
tese de ida para o PMDB.
Rodrigo Maia disse ontem
que "o diálogo permanente
com um bloco com a mesma
ansiedade [que o DEM] vai ao
encontro do fortalecimento
do partido e do projeto de
que o DEM não seja uma linha auxiliar do PSDB".
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