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Criação de bolsa aumenta preço
da Folha Ribeirão
A criação da Bolsa Brasileira de
Álcool Ltda., que vai controlar o
preço de comercialização do produto de cerca de 170 usinas do centro-sul, deve provocar aumento no
valor para o consumidor.
A bolsa foi criada oficialmente há
dez dias e vai servir como uma espécie de corretora vendendo o álcool dessas usinas e administrando a oferta do produto.
Responsável por cerca de 85% do
álcool produzido na região centro-sul do país, a nova empresa vai comercializar o produto a R$ 0,36 o
litro, preço de referência estabelecido pelo governo federal.
Nos últimos meses, o litro do
produto chegou a ser vendido por
R$ 0,14, abaixo do preço de custo,
que é de cerca de R$ 0,25. O estoque do produto chegou a atingir 2
bilhões de litros no país.
Para o delegado do Corecon
(Conselho Regional de Economia)
em Ribeirão, Afonso Reis Duarte, a
criação da bolsa é uma forma de
sobrevivência para as empresas,
mas vai provocar aumento do preço dos combustíveis.
"A criação da bolsa é uma tentativa de organizar o setor e tem como objetivo resolver a situação dos
empresários, recuperando a margem de lucro", diz.
Duarte afirma que o preço do álcool no mercado está abaixo do
custo. Para ele, em curto prazo, o
valor do litro deve ficar entre R$
0,50 e R$ 0,60. Na última pesquisa
do Corecon, foram encontrados
postos comercializando o litro do
álcool a até R$ 0,26.
Em maio, o governo anunciou
medidas que devem provocar aumento do consumo de álcool em
um bilhão de litros ao ano.
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