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Seguranças são acusados de matar pedreiro
Vítima foi espancada no supermercado Dia% porque teria furtado produtos
Pedreiro morreu no hospital e supermercado diz não ter culpa porque segurança é terceirizada; empresa não comenta o ocorrido
DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Dois seguranças do supermercado Dia% de São Carlos
são acusados de espancar e causar a morte do pedreiro Ademir
Peraro, 43, que teria sido flagrado furtando produtos da loja. A agressão ocorreu na tarde
da última quarta. A vítima morreu anteontem, na Santa Casa.
De acordo com o delegado
Geraldo Souza Filho, Peraro
furtou duas coxinhas, dois pães
de queijo e um creme de cabelo,
que somaram R$ 26.
O policial disse que o homem
foi flagrado pelo segurança Rodolfo Fernando Bastreli, 25, e
pelo supervisor Diego Luperini
Bento, 24. Em seguida, foi levado até o banheiro do supermercado, onde foi agredido com
chutes, socos e o cabo de um rodo. Depois, foi trancado no banheiro até o fechamento da loja, às 22h, quando foi libertado.
A PM não foi avisada.
Com ferimentos graves, Peraro conseguiu chegar até sua
casa, no bairro Santa Felícia,
onde pediu socorro à irmã Elizabete Peraro, com quem morava. No caminho até o hospital
contou a ela sobre a surra e deu
o nome dos agressores.
Anteontem, policiais da DIG
estiveram no supermercado. Só
Bastreli foi encontrado. No depoimento, segundo o delegado,
o segurança confessou a agressão, mas disse que o supervisor
é quem foi mais violento. Bastreli já tem passagem pela polícia pelo mesmo motivo. "Ele
flagrou uma pessoa furtando e
a espancou em Matão", disse
Souza Filho.
O segurança foi liberado porque não houve flagrante. A polícia solicitou a prisão preventiva
dos dois suspeitos, mas a Justiça pediu mais provas.
Em nota oficial, a assessoria
de imprensa do supermercado
Dia% informou que não tem
responsabilidade no caso porque a segurança no local é terceirizada. Disse ainda que determinou à Itapê Security, responsável pela segurança da loja, que apure todos os fatos.
Na Itapê, ninguém quis falar.
O advogado da empresa, identificado apenas como dr. Cláudio, não atendeu ao telefone.
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