Ribeirão Preto, Sábado, 08 de Agosto de 2009

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Seguranças são acusados de matar pedreiro

Vítima foi espancada no supermercado Dia% porque teria furtado produtos

Pedreiro morreu no hospital e supermercado diz não ter culpa porque segurança é terceirizada; empresa não comenta o ocorrido


DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Dois seguranças do supermercado Dia% de São Carlos são acusados de espancar e causar a morte do pedreiro Ademir Peraro, 43, que teria sido flagrado furtando produtos da loja. A agressão ocorreu na tarde da última quarta. A vítima morreu anteontem, na Santa Casa.
De acordo com o delegado Geraldo Souza Filho, Peraro furtou duas coxinhas, dois pães de queijo e um creme de cabelo, que somaram R$ 26.
O policial disse que o homem foi flagrado pelo segurança Rodolfo Fernando Bastreli, 25, e pelo supervisor Diego Luperini Bento, 24. Em seguida, foi levado até o banheiro do supermercado, onde foi agredido com chutes, socos e o cabo de um rodo. Depois, foi trancado no banheiro até o fechamento da loja, às 22h, quando foi libertado. A PM não foi avisada.
Com ferimentos graves, Peraro conseguiu chegar até sua casa, no bairro Santa Felícia, onde pediu socorro à irmã Elizabete Peraro, com quem morava. No caminho até o hospital contou a ela sobre a surra e deu o nome dos agressores.
Anteontem, policiais da DIG estiveram no supermercado. Só Bastreli foi encontrado. No depoimento, segundo o delegado, o segurança confessou a agressão, mas disse que o supervisor é quem foi mais violento. Bastreli já tem passagem pela polícia pelo mesmo motivo. "Ele flagrou uma pessoa furtando e a espancou em Matão", disse Souza Filho.
O segurança foi liberado porque não houve flagrante. A polícia solicitou a prisão preventiva dos dois suspeitos, mas a Justiça pediu mais provas.
Em nota oficial, a assessoria de imprensa do supermercado Dia% informou que não tem responsabilidade no caso porque a segurança no local é terceirizada. Disse ainda que determinou à Itapê Security, responsável pela segurança da loja, que apure todos os fatos.
Na Itapê, ninguém quis falar. O advogado da empresa, identificado apenas como dr. Cláudio, não atendeu ao telefone.


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