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São Carlos planeja criar "zoneamento verde" para reduzir impacto ambiental
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Prefeitura de São Carlos
pretende criar um zoneamento ecológico-econômico em
toda a zona rural da cidade para proteger a reserva hídrica e
minimizar os impactos ao ambiente. O município ainda
prevê outras formas de recuperação ambiental, como o
plantio de árvores.
De acordo com o coordenador de Meio Ambiente de São
Carlos, Paulo Mancini, o zoneamento permite apontar,
por exemplo, quais atividades
comerciais são adequadas para cada região.
"Você pode detectar, por
exemplo, que um fazendeiro
está criando gado em um local
não adequado", disse.
O projeto deve ser desenvolvido ao longo deste ano e,
se tornado projeto de lei, poderá ter poder inclusive de
impedir alguns tipos de cultivo ou de criações em uma região mais fragilizada.
A proposta foi sugerida durante a Conferência Municipal Sobre Mudanças Climáticas, realizada na cidade.
Água
Durante a conferência, um
alerta ao uso da água e ao desmatamento descontrolados
foi feito por Eduardo Assad,
que é chefe da Embrapa Informática Agroclimatologia.
Segundo o especialista, a reserva hídrica diminuiu na região nos últimos dez anos,
agravada pelo aumento da
temperatura. As cidades do
entorno precisam trabalhar
em meios que garantam um
uso mais eficiente e também
adotar um manejo mais adequado do solo.
Outra proposta da prefeitura é a de aumentar a quantidade de árvores na cidade. De
acordo com Mancini, atualmente são 55 mil exemplares
na área urbana, mas o município quer plantar mais 20 mil
nos próximos quatro anos.
Vias do centro da cidade,
como a rua Padre Teixeira e a
avenida São Carlos, carecem
de árvores. "A avenida São
Carlos, por exemplo, você
quase não vê árvores", disse.
A administração também
quer manter o controle da expansão de lotes na zona sul,
área de recarga do aquífero
Guarani e onde se situa a bacia
do Feijão, principal manancial que abastece a cidade.
Preocupação semelhante já
adotou a vizinha Araraquara,
que restringiu o crescimento
de alguns bairros em região de
recarga do aquífero Guarani
(leia texto ao lado).
(JULIANA COISSI)
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