Ribeirão Preto, Sábado, 09 de Maio de 2009

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São Carlos planeja criar "zoneamento verde" para reduzir impacto ambiental

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Prefeitura de São Carlos pretende criar um zoneamento ecológico-econômico em toda a zona rural da cidade para proteger a reserva hídrica e minimizar os impactos ao ambiente. O município ainda prevê outras formas de recuperação ambiental, como o plantio de árvores.
De acordo com o coordenador de Meio Ambiente de São Carlos, Paulo Mancini, o zoneamento permite apontar, por exemplo, quais atividades comerciais são adequadas para cada região.
"Você pode detectar, por exemplo, que um fazendeiro está criando gado em um local não adequado", disse.
O projeto deve ser desenvolvido ao longo deste ano e, se tornado projeto de lei, poderá ter poder inclusive de impedir alguns tipos de cultivo ou de criações em uma região mais fragilizada.
A proposta foi sugerida durante a Conferência Municipal Sobre Mudanças Climáticas, realizada na cidade.

Água
Durante a conferência, um alerta ao uso da água e ao desmatamento descontrolados foi feito por Eduardo Assad, que é chefe da Embrapa Informática Agroclimatologia.
Segundo o especialista, a reserva hídrica diminuiu na região nos últimos dez anos, agravada pelo aumento da temperatura. As cidades do entorno precisam trabalhar em meios que garantam um uso mais eficiente e também adotar um manejo mais adequado do solo.
Outra proposta da prefeitura é a de aumentar a quantidade de árvores na cidade. De acordo com Mancini, atualmente são 55 mil exemplares na área urbana, mas o município quer plantar mais 20 mil nos próximos quatro anos.
Vias do centro da cidade, como a rua Padre Teixeira e a avenida São Carlos, carecem de árvores. "A avenida São Carlos, por exemplo, você quase não vê árvores", disse.
A administração também quer manter o controle da expansão de lotes na zona sul, área de recarga do aquífero Guarani e onde se situa a bacia do Feijão, principal manancial que abastece a cidade.
Preocupação semelhante já adotou a vizinha Araraquara, que restringiu o crescimento de alguns bairros em região de recarga do aquífero Guarani (leia texto ao lado).
(JULIANA COISSI)


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