Ribeirão Preto, Quarta-feira, 09 de Dezembro de 2009

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Cidadania vai investigar Feira do Livro

Ordem veio da capital, após denúncia de publicitário; promotor alega não ver irregularidades no evento

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo determinou que a Promotoria da Cidadania de Ribeirão Preto apure supostas irregularidades na realização da 9ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, evento realizado pela Fundação Feira do Livro em junho deste ano.
A determinação, de 1º de dezembro, atende às denúncias feitas pelo publicitário Genival José da Silva, que juntou documentos relativos à contratação de shows e serviços para a realização da feira e apresentou ao conselho. Genival, que alega estar fazendo as denúncias apenas "por cidadania", afirma que a fundação superfaturou os valores de contratos com artistas e fornecedores.
O conselho foi provocado por Genival depois que o promotor da Cidadania de Ribeirão, Sebastião Sérgio da Silveira, decidiu não abrir investigação a partir de uma representação feita pelo publicitário, que pediu a suspeição de Silveira -o que foi negado pelo conselho.
Na representação, quando Genival ainda não havia apresentado documentos à Promotoria, o publicitário pede que a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto volte a ser realizada pela Secretaria da Cultura.
Procurado pela Folha, o promotor da Cidadania informou que ainda não recebeu nenhuma determinação do Conselho Superior do Ministério Público. Silveira disse, ainda, que desconhece documentos que apontem irregularidades nas contas da feira.
"A única coisa sobre a qual ele falou na representação foi sobre a transferência da feira para a fundação, o que eu considero legal. Houve lei municipal [para isso]", disse.
Os documentos levantados por Genival, que incluem notas fiscais, orçamentos feitos por empresas contratadas, dentre outros, também foram entregues à CEE (Comissão Especial de Estudos) da Câmara que investiga a feira.
Ontem, na Câmara, a vice-presidente de Administração da Fundação Feira do Livro, Eliana Palocci, respondeu a perguntas dos vereadores.
Como ela não é responsável pelas finanças da fundação, o cineasta Edgar de Castro, diretor-financeiro, será convidado a prestar esclarecimentos. A data não foi marcada.


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