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Cidadania vai investigar Feira do Livro
Ordem veio da capital, após denúncia de publicitário; promotor alega não ver irregularidades no evento
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo
determinou que a Promotoria
da Cidadania de Ribeirão Preto
apure supostas irregularidades
na realização da 9ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto,
evento realizado pela Fundação Feira do Livro em junho
deste ano.
A determinação, de 1º de dezembro, atende às denúncias
feitas pelo publicitário Genival
José da Silva, que juntou documentos relativos à contratação
de shows e serviços para a realização da feira e apresentou ao
conselho. Genival, que alega estar fazendo as denúncias apenas "por cidadania", afirma que
a fundação superfaturou os valores de contratos com artistas
e fornecedores.
O conselho foi provocado por
Genival depois que o promotor
da Cidadania de Ribeirão, Sebastião Sérgio da Silveira, decidiu não abrir investigação a
partir de uma representação
feita pelo publicitário, que pediu a suspeição de Silveira -o
que foi negado pelo conselho.
Na representação, quando
Genival ainda não havia apresentado documentos à Promotoria, o publicitário pede que a
Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto volte a ser realizada pela Secretaria da Cultura.
Procurado pela Folha, o promotor da Cidadania informou
que ainda não recebeu nenhuma determinação do Conselho
Superior do Ministério Público. Silveira disse, ainda, que
desconhece documentos que
apontem irregularidades nas
contas da feira.
"A única coisa sobre a qual
ele falou na representação foi
sobre a transferência da feira
para a fundação, o que eu considero legal. Houve lei municipal [para isso]", disse.
Os documentos levantados
por Genival, que incluem notas
fiscais, orçamentos feitos por
empresas contratadas, dentre
outros, também foram entregues à CEE (Comissão Especial
de Estudos) da Câmara que investiga a feira.
Ontem, na Câmara, a vice-presidente de Administração
da Fundação Feira do Livro,
Eliana Palocci, respondeu a
perguntas dos vereadores.
Como ela não é responsável
pelas finanças da fundação, o
cineasta Edgar de Castro, diretor-financeiro, será convidado
a prestar esclarecimentos. A
data não foi marcada.
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