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Carência de equipamentos atinge região
da Folha Ribeirão
Nenhuma das cidades da região possui equipamentos adequados e profissionais treinados
para apagar incêndios em aeronaves, de acordo com o Daesp.
Em Ribeirão Preto, o posto dos
bombeiros no aeroporto possui
apenas duas pessoas e nenhum
veículo. Já nos aeroportos de
Franca, Araraquara e Barretos
sequer existe posto.
"Estamos tentando assinar um
convênio com o comando do
Corpo de Bombeiros do Estado
de São Paulo para conseguir
mais profissionais e dar o treinamento necessário para reverter
essa situação", afirmou Wagner
César de Araújo, chefe de gabinete do Daesp.
Segundo o comandante interino do Corpo de Bombeiros de
Ribeirão Preto, major Antonio
Carlos Muniz, existe uma grande diferença entre os procedimentos para apagar incêndios
em aeroportos e em casas.
"Para apagar incêndios em residências geralmente se usa
água. Já em aeroportos é necessário o uso de espuma em canhão direto, o que exige treinamento e equipamentos específicos", disse o comandante.
Há cerca de dez dias, o aeroporto de Ribeirão recebeu um
caminhão específico para combater incêndios em aviões, mas
não existe no local profissionais
que saibam utilizá-lo.
O principal trabalho dos bombeiros em casos de incêndio em
aeronaves é o de evitar que produtos inflamáveis se espalhem
na pista e causem danos no asfaltamento, segundo Muniz.
"Isso acabou não ocorrendo
no acidente do Learjet no aeroporto de Ribeirão Preto, onde,
por falta de atendimento adequado, a pista acabou bastante
danificada."
A pista ficou interditada por
dois dias até que o asfaltamento
pudesse ser refeito.
Segundo Muniz, mesmo com
os problemas de atendimento
no incêndio na aeronave, não teria sido possível salvar a vida dos
cinco passageiros. "O fogo se espalhou rapidamente."
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