Ribeirão Preto, Domingo, 11 de abril de 1999

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Carência de equipamentos atinge região

da Folha Ribeirão

Nenhuma das cidades da região possui equipamentos adequados e profissionais treinados para apagar incêndios em aeronaves, de acordo com o Daesp.
Em Ribeirão Preto, o posto dos bombeiros no aeroporto possui apenas duas pessoas e nenhum veículo. Já nos aeroportos de Franca, Araraquara e Barretos sequer existe posto.
"Estamos tentando assinar um convênio com o comando do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo para conseguir mais profissionais e dar o treinamento necessário para reverter essa situação", afirmou Wagner César de Araújo, chefe de gabinete do Daesp.
Segundo o comandante interino do Corpo de Bombeiros de Ribeirão Preto, major Antonio Carlos Muniz, existe uma grande diferença entre os procedimentos para apagar incêndios em aeroportos e em casas.
"Para apagar incêndios em residências geralmente se usa água. Já em aeroportos é necessário o uso de espuma em canhão direto, o que exige treinamento e equipamentos específicos", disse o comandante.
Há cerca de dez dias, o aeroporto de Ribeirão recebeu um caminhão específico para combater incêndios em aviões, mas não existe no local profissionais que saibam utilizá-lo.
O principal trabalho dos bombeiros em casos de incêndio em aeronaves é o de evitar que produtos inflamáveis se espalhem na pista e causem danos no asfaltamento, segundo Muniz.
"Isso acabou não ocorrendo no acidente do Learjet no aeroporto de Ribeirão Preto, onde, por falta de atendimento adequado, a pista acabou bastante danificada."
A pista ficou interditada por dois dias até que o asfaltamento pudesse ser refeito.
Segundo Muniz, mesmo com os problemas de atendimento no incêndio na aeronave, não teria sido possível salvar a vida dos cinco passageiros. "O fogo se espalhou rapidamente."



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