Ribeirão Preto, Sábado, 14 de Outubro de 2000


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"Bombardeios" na zona rural tentam evitar a ação da polícia

DA FOLHA RIBEIRÃO

Os "bombardeios" de entorpecentes são usados com frequência na zona rural da região de Ribeirão Preto para tentar evitar a ação da polícia.
Pelo sistema, a droga é jogada dos aviões em pleno vôo e, para que isso seja possível, as aeronaves fazem vôos rasantes.
Essa causa é apontada pelos policiais como um dos motivos das seis aeronaves terem caído em Morro Agudo e Guará desde o ano passado, já que, ao fazer vôos baixos, os aviões podem acabar tocando no solo.
"Fizemos várias apreensões mesmo com os "bombardeios'", afirmou o delegado da Dise Antônio Luiz Buranelli.

Esquema
Para fazer o tráfico por aviões, as quadrilhas usam, na maioria das vezes, aviões monomotores que decolam de um dos pontos de refino da droga.
Para evitar várias escalas, os traficantes optam por retirar alguns bancos das aeronaves para transportar tanques extras de combustível, o que permite ganhar mais horas de vôos.
Quando não ocorrem os bombardeios, a droga chega até as equipes de terra na região por meio dos pousos em pistas clandestinas. Já em terra, a droga é transportada por rodovias para os locais de distribuição.
Há casos, no entanto, de quadrilhas enterrarem os entorpecentes em tambores perto das áreas de pouso, retirando a droga aos poucos. Em Araraquara, a Dise apreendeu 22 quilos de cocaína nessa situação.
"A inferioridade da polícia perto dos traficantes é enorme, não tem como comparar. Muitas quadrilhas têm ex-policiais, o que facilita o trabalho deles, já que eles conhecem como é o nosso método de trabalho", disse o delegado da PF Wilson Alfredo Perpétuo.


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