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"Bombardeios" na zona rural
tentam evitar a ação da polícia
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os "bombardeios" de entorpecentes são usados com frequência
na zona rural da região de Ribeirão Preto para tentar evitar a ação
da polícia.
Pelo sistema, a droga é jogada
dos aviões em pleno vôo e, para
que isso seja possível, as aeronaves fazem vôos rasantes.
Essa causa é apontada pelos policiais como um dos motivos das
seis aeronaves terem caído em
Morro Agudo e Guará desde o
ano passado, já que, ao fazer vôos
baixos, os aviões podem acabar
tocando no solo.
"Fizemos várias apreensões
mesmo com os "bombardeios'",
afirmou o delegado da Dise Antônio Luiz Buranelli.
Esquema
Para fazer o tráfico por aviões,
as quadrilhas usam, na maioria
das vezes, aviões monomotores
que decolam de um dos pontos de
refino da droga.
Para evitar várias escalas, os traficantes optam por retirar alguns
bancos das aeronaves para transportar tanques extras de combustível, o que permite ganhar mais
horas de vôos.
Quando não ocorrem os bombardeios, a droga chega até as
equipes de terra na região por
meio dos pousos em pistas clandestinas. Já em terra, a droga é
transportada por rodovias para os
locais de distribuição.
Há casos, no entanto, de quadrilhas enterrarem os entorpecentes
em tambores perto das áreas de
pouso, retirando a droga aos poucos. Em Araraquara, a Dise
apreendeu 22 quilos de cocaína
nessa situação.
"A inferioridade da polícia perto dos traficantes é enorme, não
tem como comparar. Muitas quadrilhas têm ex-policiais, o que facilita o trabalho deles, já que eles
conhecem como é o nosso método de trabalho", disse o delegado
da PF Wilson Alfredo Perpétuo.
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