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Foco
Com usina sem funcionar, distrito de Cruz das Posses viu economia ficar estagnada
DO ENVIADO A CRUZ DAS POSSES
O distrito de Cruz das Posses, em Sertãozinho, que fica
próximo às usinas Carolo,
Albertina e Cerp (Central
Energética Ribeirão Preto),
viu sua economia parar por
conta das demissões e atrasos de pagamento.
Da população de 9.000
pessoas, pelo menos 700 são
funcionários da Albertina,
que estão sem trabalhar e
não recebem salários há três
meses. Segundo estimativa
da prefeitura, pelo menos
metade do distrito é dependente da usina, que opera
desde a década de 70.
"Você vê mercadinhos
com fortunas para receber. É
situação de calamidade", disse o prefeito Nério Costa
(PPS), que deslocou seu gabinete e secretariado para a
subprefeitura do distrito.
A prefeitura tomou medidas, como doar cestas básicas, ampliar cursos, recolocar trabalhadores em outras
usinas e indústrias, ampliar
a ronda policial e organizar
torneios esportivos. Além
disso, Costa negociou com a
CPFL Paulista para não haver corte de energia elétrica
dos devedores.
Os trabalhadores passam
dificuldades. Nelson dos
Santos, 31, que veio da Bahia
aos 11, pela primeira vez passa sufoco sem os R$ 3.000
que a usina deve. "Quando
estou de bicicleta, dou uma
volta maior para não passar
na sorveteria, porque não tenho R$ 0,50 para comprar
picolé para o meu filho."
O comércio luta para se
manter aberto. Dono de uma
mercearia há 30 anos, José
Ceribelli pensa em demitir
funcionários. "Só em cheques da usina que voltaram,
são mais de R$ 40 mil", disse.
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