Ribeirão Preto, Domingo, 15 de Março de 2009

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Foco

Com usina sem funcionar, distrito de Cruz das Posses viu economia ficar estagnada

DO ENVIADO A CRUZ DAS POSSES

O distrito de Cruz das Posses, em Sertãozinho, que fica próximo às usinas Carolo, Albertina e Cerp (Central Energética Ribeirão Preto), viu sua economia parar por conta das demissões e atrasos de pagamento.
Da população de 9.000 pessoas, pelo menos 700 são funcionários da Albertina, que estão sem trabalhar e não recebem salários há três meses. Segundo estimativa da prefeitura, pelo menos metade do distrito é dependente da usina, que opera desde a década de 70.
"Você vê mercadinhos com fortunas para receber. É situação de calamidade", disse o prefeito Nério Costa (PPS), que deslocou seu gabinete e secretariado para a subprefeitura do distrito.
A prefeitura tomou medidas, como doar cestas básicas, ampliar cursos, recolocar trabalhadores em outras usinas e indústrias, ampliar a ronda policial e organizar torneios esportivos. Além disso, Costa negociou com a CPFL Paulista para não haver corte de energia elétrica dos devedores.
Os trabalhadores passam dificuldades. Nelson dos Santos, 31, que veio da Bahia aos 11, pela primeira vez passa sufoco sem os R$ 3.000 que a usina deve. "Quando estou de bicicleta, dou uma volta maior para não passar na sorveteria, porque não tenho R$ 0,50 para comprar picolé para o meu filho."
O comércio luta para se manter aberto. Dono de uma mercearia há 30 anos, José Ceribelli pensa em demitir funcionários. "Só em cheques da usina que voltaram, são mais de R$ 40 mil", disse.


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