RAQUEL ILIANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

O eletricista sãocarlense Leandro Guastaldi Marques, 19, morreu na África do Sul na semana passada, de causas ainda desconhecidas. Seu corpo só virá para o Brasil depois que sair o resultado da necropsia, o que está previsto para o início da próxima semana.
Jussara Martins, funcionária da Embaixada do Brasil em Pretória, na África do Sul, disse à Folha que Guastaldi foi deixado num hospital de Joanesburgo ainda vivo no dia 4 por uma pessoa que não se identificou. Segundo ela, os médicos tentaram reanimá-lo, sem sucesso. "A polícia local está no caso porque é uma morte suspeita, principalmente por se tratar de um moço novo."
Familiares do jovem disseram à Folha que há suspeitas de que Guastaldi foi para o país como "mula" do tráfico internacional, aliciado por um nigeriano para levar cocaína à África no estômago e, em troca, ganharia cerca de 5.000 euros. As cápsulas teriam estourado e esse seria o motivo da morte.
"A família disse que não tem detalhes do que ocorreu. A única coisa que disseram foi que ele saiu de casa dizendo que ia trabalhar fora", disse o advogado da família, Alaor Konczikovski. A tia de Guastaldi, Sandra Ferri, disse que ele tinha comportamento normal.
A Polícia Federal informou que não apura o caso por não haver denúncia formal. A Folha não conseguiu ouvir os pais do eletricista.


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