da Folha Ribeirão

O prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) está propondo a estabilidade aos servidores em troca do apoio ao decreto de redução da carga horário e de salários.
Ele esteve reunido ontem com servidores na Secretaria da Infra-Estrutura, onde expôs a proposta e a possibilidade de acordo.
"Estive conversando com servidores e dei a garantia que, se houver apoio à redução de salário, não haverá demissão."
Anteontem, Jábali já havia se reunido no Palácio Rio Branco com cerca de 30 servidores que entregaram um abaixo-assinado de apoio ao prefeito.
Ele também disse acreditar que 70% dos servidores municipais são a favor da medida.
Servidores ouvidos pela Folha disseram que são contra a redução de salários. "A prefeitura quer arrancar todos os benefícios dos servidores de baixa renda, mas não quer tirar quem ocupa cargo de confiança", disse P.S.J., que trabalha na Secretaria da Infra-Estrutura. Ele não quis dar o nome com medo de ser demitido.
Ontem à tarde, o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão entrou com um mandado de segurança contra o prefeito devido à manutenção do horário de atendimento nas repartições.
Segundo a advogada do sindicato, Maria Zueli Alves Librandi, Jábali não está cumprindo todas as exigências da liminar dada nesta semana pelo TJ (Tribunal de Justiça), que suspendeu os efeitos do decreto que diminuía a carga horária e o salário dos servidores.
"As instituições teriam de funcionar oito horas por dia, como era antes do decreto, e não seis, como está ocorrendo", disse.
Para o presidente do sindicato, Nelson Barbosa, a diminuição do horário de atendimento prejudica a população e diminui o rendimento dos funcionários.
"Os trabalhadores entram às 8h e, duas horas depois, já têm de sair para almoçar", disse.
O secretário da Administração, Armando Scozzafave, afirmou que não existe irregularidade no atual horário de funcionamento.
"O horário de expediente diz respeito à administração, e não ao decreto. Ao mesmo tempo, o atendimento entre as 12h e as 14h é muito mais proveitoso para o cidadão, o que não ocorria atualmente", disse o secretário.



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