Ribeirão Preto, Sábado, 19 de junho de 1999

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PARTICULAR 2
Relato aborda o "terror"

"Num sábado de manhã, eu e meu amigo Hugo estávamos andando em plena Nove de Julho, indo à sorveteria.
Estávamos com nossas carteiras no bolso. Eu estava com R$ 10 e o Hugo levava mais R$ 15. Quase chegando, um cara com gorro nos parou e sacou uma faca.
O Hugo estava atrás de mim e conseguiu escapar, gritando por socorro. Eu estava com muito medo, mas sabia que deveria ficar calmo.
O cara pediu a minha carteira e meu tênis. Guardou tudo em uma sacola e mandou eu ir até a vídeo locadora que ficava na avenida.
Mandou eu não olhar para trás e que não gritasse para ninguém. Quando eu olhei para trás, ele já havia sumido com meu tênis e minha carteira.
Eu estava com medo e fui atrás de ajuda. Na rádio, que ficava perto, eles ligaram para meus pais e eles foram me buscar. Eu nunca mais vou esquecer desse terror que eu passei na avenida Nove de Julho.
Uns dias depois, eu li nos jornais que Ribeirão Preto está muito violenta e que temos que tomar providências se quisermos viver melhor." (Redação escrita por Gabriel Rondinone, 10)

"Hoje, ontem, antes de ontem, amanhã, depois de amanhã, sempre iremos ter medo da violência que nos assombra a cada piscar de olhos.
Hoje, Ribeirão Preto, uma cidade com fama, agora é o berço do medo por causa de uma realidade constante em nossas vidas. A violência Meu Deus! Será que o povo brasileiro precisa disso, ter a violência em mente, eu acho que não, mas outros acham que sim, pois é. Isso é a vida.
Temos em mente o livre arbítrio e é com ele que agimos às vezes certo e às vezes errado, por isso peço aos meus leitores que pensem dez vezes antes de agir." (Redação feita por Gabriel Fracaroli Castilho, 11)



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