Ribeirão Preto, Domingo, 24 de Dezembro de 2000

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INFÂNCIA RECUPERADA 3
Projetos complementam atendimento, com acompanhamento e reforço para os recém-nascidos
Região aposta em união família-adolescente

DA FOLHA RIBEIRÃO

Franca, São Carlos e Araraquara investem -por meio das prefeituras, da Justiça ou de entidades não-governamentais- em programas de apoio às crianças e adolescentes, que envolvem também as famílias dos jovens.
Nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) dessas cidades, existem projetos que complementam o atendimento para as crianças e as famílias, com a realização de acompanhamento de gestantes e distribuição de reforço alimentar para os recém-nascidos, tentando evitar que as mães abandonem os filhos por falta de recursos.
Em Araraquara, pelo menos seis entidades que funcionam em sistema de abrigo estão cadastradas no Conselho Tutelar. Além disso, a prefeitura trabalha com projetos como banda municipal, Unidade Móvel de Costura, Pagode e Comcriar.
Eles procuram atividades alternativas que atraiam os adolescentes, tirando-os da situação de risco. Além disso, pretendem a erradicação do trabalho infantil, especialmente nas áreas citricultoras.
"Tive uma prima na Casa Betânia (que atende gestantes). Foi a salvação do filho dela", disse a costureira Marilda Antunes.
Em Franca, a Fundação Telefônica desenvolve -em parceria com a prefeitura- o projeto Mosaico, que auxilia em diversos programas cadastrados no Conselho Tutelar. Existe ainda a Casa do Aconchego, que acolhe crianças de 0 a 12 anos, vítimas de maus-tratos. Elas ficam em caráter transitório, até serem adotadas ou reintegradas às famílias.
Além disso, os guardas-mirins de Franca -assim como na maioria da região- recebem salário para trabalhar por um período e continuarem na escola.
O município ainda conta com os projetos Educação de Rua, Bolsa Educação e Liberdade Assistida -destinado para adolescentes infratores.
Em São Carlos, a prefeitura trabalha com 11 centros comunitários nos bairros, atendendo crianças e famílias em diversas atividades esportivas, culturais e sociais.
Os centros fazem parte de uma política pública que integra saúde, educação e esporte, apontando soluções para os problemas dos bairros.
Além disso, alguns adolescentes de rua -pedintes-, são cadastrados nos centros para discutirem programas especiais de ressocialização.
Há também um programa destinado a jovens usuários de drogas. Ele proporciona atendimento ambulatorial e os casos são encaminhados a profissionais.


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