Ribeirão Preto, Quinta-feira, 25 de Janeiro de 2001

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Padre acredita em trabalho para melhorar cadeia de Vila Branca

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Cadeia Pública de Vila Branca vive um "quadro horripilante" e não existe nada de concreto para mudá-lo, segundo o padre João Rípoli, membro da Pastoral Carcerária de Ribeirão.
Para ele, a unidade deveria oferecer trabalhos e atividades para os detentos, para tentar mudar a situação drástica da cadeia.
Rípoli é presidente da FAS (Fraternidade de Assistência Solidária de Ribeirão), ONG (organização não-governamental) que deve administrar a penitenciária feminina em Ribeirão e que deveria ser inaugurada no próximo mês.
Para ele, a unidade não deveria ficar recebendo presos de outras unidades porque piora a situação de Vila Branca, sem resolver o problema das outras cadeias.
O padre disse também que não desistiu do projeto da penitenciária feminina, apesar de estar se cansando de tanta demora.
Para Rípoli, nenhuma das unidades prisionais da cidade possui trabalhos para os presos, o que serviria até como uma ocupação para eles. "Na Vila Branca, eles pedem trabalho, mas não têm. Até na penitenciária não há trabalho para todos", disse.
Apesar das dificuldades, o presidente da FAS disse que ainda acredita em uma solução. "Eu acredito nas pessoas e acho que tudo pode ser mudado. Lá (Vila Branca), também pode haver solução, mas eles (os presos) também precisam querer mudar. A mudança deve ocorrer de dentro para fora", afirmou.
Na penitenciária feminina, Rípoli disse que pretende desenvolver trabalhos com as detentas, pois acredita ser a melhor forma de ressocialização.
Além de trabalho, o padre afirmou que o local terá atividades de lazer e cultura para que a presa não tenha uma idéia fixa de querer fugir e possa permanecer na cadeia sem traumas.


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