Ribeirão Preto, Sábado, 27 de Março de 2010

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Vendedora pensa em desistir de ação movida contra sua ex-empresa

Márcia Ribeiro/Folha Imagem
Paola Ribeiro e o advogado Marcelo Ávila de Souza conversam na Vara do Trabalho de Ribeirão

DA FOLHA RIBEIRÃO

Com outro emprego e a vida "seguindo bem", a vendedora Paola Carla Siqueira Ribeiro, 25, pensou até em desistir da ação que deu entrada em 2008, quando a loja em que trabalhava fechou e não pagou indenização alguma aos funcionários.
"Não deram nem baixa na carteira (de trabalho). Sai como uma mão na frente e outra atrás e só vim aqui hoje porque o advogado me ligou que tinha audiência. Quase desisti." O caso de Paola é um dos que tramitam na Vara do Trabalho de Ribeirão.
Há menos tempo na fila de espera, Natanael Carlos Vicente, 31, deu entrada neste ano a um processo relativo a acidente de trabalho. Ele iria tentar um acordo ontem.
"Difícil estimar quanto tempo vai demorar. Tem caso que se arrasta durante três, quatro, até seis anos. Brasileiro está acostumado com a demora. Mas há casos em que o cliente se cansa e chega a culpar o advogado pela lentidão do processo", disse o advogado de Vicente, Jorge Marcos de Souza, que até o ano passado era presidente da OAB de Ribeirão Preto.
Segundo Souza é comum representação contra advogados devido às causas trabalhistas que se arrastam.
Já Enrico Quirici, 32, estava na vara para se defender da primeira ação de um funcionário contra a sua empresa. "Nunca tivemos problema. Foi uma pessoa que ficou somente três meses e foi um susto. Espero que se resolva logo", disse.
A vendedora Paola, do início do texto, não teve sorte na audiência de ontem. "Não houve acordo e foi marcada a instrução para setembro", disse o advogado dela, Marcelo Ávila de Souza.


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