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Vendedora pensa em desistir de ação movida contra sua ex-empresa
Márcia Ribeiro/Folha Imagem
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Paola Ribeiro e o advogado Marcelo Ávila de Souza conversam na Vara do Trabalho de Ribeirão
DA FOLHA RIBEIRÃO
Com outro emprego e a vida "seguindo bem", a vendedora Paola Carla Siqueira Ribeiro, 25, pensou até em desistir da ação que deu entrada
em 2008, quando a loja em
que trabalhava fechou e não
pagou indenização alguma
aos funcionários.
"Não deram nem baixa na
carteira (de trabalho). Sai como uma mão na frente e outra atrás e só vim aqui hoje
porque o advogado me ligou
que tinha audiência. Quase
desisti." O caso de Paola é um
dos que tramitam na Vara do
Trabalho de Ribeirão.
Há menos tempo na fila de
espera, Natanael Carlos Vicente, 31, deu entrada neste
ano a um processo relativo a
acidente de trabalho. Ele iria
tentar um acordo ontem.
"Difícil estimar quanto
tempo vai demorar. Tem caso
que se arrasta durante três,
quatro, até seis anos. Brasileiro está acostumado com a demora. Mas há casos em que o
cliente se cansa e chega a culpar o advogado pela lentidão
do processo", disse o advogado de Vicente, Jorge Marcos
de Souza, que até o ano passado era presidente da OAB de
Ribeirão Preto.
Segundo Souza é comum
representação contra advogados devido às causas trabalhistas que se arrastam.
Já Enrico Quirici, 32, estava na vara para se defender da
primeira ação de um funcionário contra a sua empresa.
"Nunca tivemos problema.
Foi uma pessoa que ficou somente três meses e foi um
susto. Espero que se resolva
logo", disse.
A vendedora Paola, do início do texto, não teve sorte na
audiência de ontem. "Não
houve acordo e foi marcada a
instrução para setembro",
disse o advogado dela, Marcelo Ávila de Souza.
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