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São Carlos terá de demitir 70 comissionados até julho
Obrigação consta de acordo entre a prefeitura e o Ministério Público do Trabalho
Do total de vagas, 43 serão cortadas até fevereiro de 2010; entre as funções atingidas estão procurador geral e consultor jurídico
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Prefeitura de São Carlos
será obrigada a demitir, até julho de 2010, 70 funcionários
que ocupam cargos de confiança. A medida está prevista no
acordo firmado anteontem entre a prefeitura e o MPT (Ministério Público do Trabalho).
O MPT havia entrado com ação
contra a prefeitura alegando irregularidades na contratação
de comissionados.
Com base no acordo, segundo a assessoria do MPT, a prefeitura vai precisar cortar 43
vagas de comissionados até fevereiro de 2010 e outras 23 até
julho do mesmo ano. Outros
dois cargos de procurador geral
do município, uma vaga de consultor jurídico e outra de assessor jurídico também serão cortadas, mas o prazo para essas
exonerações não foi informado
pelo MPT.
Em nota enviada à Folha, a
assessoria da Prefeitura de São
Carlos informou que a ação do
MPT foi proposta em 2000 e
que, a partir da posse do ex-prefeito Newton Lima (PT),
em 2001, foi realizado concurso público para a substituição
dos comissionados por servidores efetivos da prefeitura.
Naquele ano, segundo a nota,
estavam contratados irregularmente coordenadores pedagógicos, agentes de saúde, médicos veterinários, técnico de esportes e conselheiro tutelar,
entre outros.
A prefeitura não informou
ontem quem serão os funcionários exonerados, nem a quais
setores eles pertencem. Segundo a assessoria do governo de
São Carlos, a definição cabe ao
MPT, cuja assessoria a Folha
não conseguiu contatar na noite de ontem. Também não há
previsão de substituir os funcionários comissionados demitidos por efetivos, segundo a
assessoria da prefeitura.
A Prefeitura de São Carlos
tem 4.225 servidores, dos quais
3.652 são efetivos e 409 exercem cargos de confiança, conforme o site oficial do governo.
A nota enviada à Folha afirma ainda que "não haverá nenhum prejuízo aos serviços
prestados, uma vez que há diversas vagas não ocupadas e a
reforma administrativa encaminhada à Câmara no final do
ano passado continha uma previsão de vagas para os quatro
anos de governo".
A Folha não conseguiu contatar ontem à noite a direção
do Sindspam (Sindicato dos
Servidores Públicos e Autárquicos Municipais).
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