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Indústria alega também ter problemas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Os argumentos usados pelos
produtores são simplistas, afirma Christian Lohbauer, presidente da CitrusBR, entidade
recém-criada pela Citrovita,
Citrovale, Cutrale e Louis
Dreyfus para representar a indústria da laranja.
Segundo Lohbauer, a venda
da laranja no mercado à vista é
uma opção dos produtores, que
resolveram correr o risco de
não firmar, no passado, contratos com empresas. Ele diz que,
quando o preço do spot era
maior do que o do contrato, os
produtores não reclamavam.
Lohbauer afirma que as empresa também estão enfrentando dificuldades nesta safra.
Primeiro, as condições climáticas fizeram a safra atrasar.
Segundo, o mercado internacional enfrenta uma queda na
demanda, tem estoques em níveis históricos e as principais
regiões produtoras, como São
Paulo e Flórida, estão com boa
produção, o que mantém a
quantidade de oferta elevada.
Por isso, as indústrias ainda
estão analisando os números
do mercado para escolher quais
laranjas irá comprar. Por enquanto, estão sendo processadas as plantadas pelas próprias
indústrias ou em parceria, que
correspondem a 20% do total
produzido no país.
O dirigente diz ser impossível traçar um cronograma para
a compra da laranja dos demais
produtores porque a absorção
vai depender do "momento
produtivo do mercado".
Quanto à sustentabilidade da
cultura da laranja a um preço
que, alegam os produtores, não
remunera os custos do cultivo,
Lohbauer diz que a única solução é o investimento na produtividade dos pomares.
Segundo ele, a CitrusBR nasce com o objetivo de recuperar
a imagem das indústrias e uma
das primeiras medidas será eliminar o clima de hostilidade
entre produtores e fábrica.
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