Ribeirão Preto, Domingo, 28 de Junho de 2009

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Indústria alega também ter problemas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Os argumentos usados pelos produtores são simplistas, afirma Christian Lohbauer, presidente da CitrusBR, entidade recém-criada pela Citrovita, Citrovale, Cutrale e Louis Dreyfus para representar a indústria da laranja.
Segundo Lohbauer, a venda da laranja no mercado à vista é uma opção dos produtores, que resolveram correr o risco de não firmar, no passado, contratos com empresas. Ele diz que, quando o preço do spot era maior do que o do contrato, os produtores não reclamavam.
Lohbauer afirma que as empresa também estão enfrentando dificuldades nesta safra.
Primeiro, as condições climáticas fizeram a safra atrasar. Segundo, o mercado internacional enfrenta uma queda na demanda, tem estoques em níveis históricos e as principais regiões produtoras, como São Paulo e Flórida, estão com boa produção, o que mantém a quantidade de oferta elevada.
Por isso, as indústrias ainda estão analisando os números do mercado para escolher quais laranjas irá comprar. Por enquanto, estão sendo processadas as plantadas pelas próprias indústrias ou em parceria, que correspondem a 20% do total produzido no país.
O dirigente diz ser impossível traçar um cronograma para a compra da laranja dos demais produtores porque a absorção vai depender do "momento produtivo do mercado".
Quanto à sustentabilidade da cultura da laranja a um preço que, alegam os produtores, não remunera os custos do cultivo, Lohbauer diz que a única solução é o investimento na produtividade dos pomares.
Segundo ele, a CitrusBR nasce com o objetivo de recuperar a imagem das indústrias e uma das primeiras medidas será eliminar o clima de hostilidade entre produtores e fábrica.


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