DA FOLHA RIBEIRÃO

O novo sistema de regulação que a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto pretende implantar até o próximo mês prevê que um auditor trabalhe em regime de plantão fiscalizando a quantidade de leitos disponíveis nos hospitais, que deverão informar suas vagas à secretaria via internet, por meio de um sistema informatizado.
O objetivo é evitar que responsáveis por alimentar o novo sistema, ainda em fase de implantação, omitam informações ao serviço de regulação da secretária, responsável pelo encaminhamento de pacientes atendidos nas unidades de saúde aos hospitais.
No mês passado, a aposentada Maria Adelaide de Melo, 65, aguardou cerca de 50 horas na UBDS do Castelo Branco para ser internada no hospital Beneficência Portuguesa. Inicialmente, o diagnóstico era de suspeita de AVC (Acidente Vascular Cerebral). Na ocasião, segundo o diretor técnico do hospital, José Victor Nonino, havia mais de 40 vagas disponíveis.
A falha, segundo já apurou a Secretaria da Saúde, ocorreu na comunicação entre funcionários da regulação e o plantonista que trabalhava no filantrópico. Por telefone, o funcionário negou haver leitos de internação disponíveis.
"A figura do auditor sempre existiu. Só que a regulação desconhecia a presença desse profissional", disse a secretária.
Segundo a analista de sistemas da secretaria, Shirley Maria Daniel, com a informatização, também ficará mais difícil burlar o sistema de internação de pacientes nos hospitais. "Para dizer que não tem vaga, o profissional vai ter que colocar quem é o paciente que está ocupando aquele leito e todo o histórico de atendimento", disse.
Na última terça-feira, a secretária da Saúde, Carla Palhares, foi à Câmara após ser convocada pelo vereador Oliveira Júnior (PSC). As críticas feitas pelo vereador se referiam principalmente à espera por internações em hospitais.
Segundo a secretária, a tendência é que os problemas de espera diminuam com o novo sistema informatizado.


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