São Paulo, domingo, 13 de setembro de 2009

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Reposição de nicotina ainda é terapia mais usada no mundo

DA REPORTAGEM LOCAL

As terapias de reposição de nicotina (adesivos, pastilhas ou gomas de mascar) ainda são os tratamentos antifumo mais usados no mundo e garantem eficácia de 40% a 50% no prazo de um ano. Porém, são os únicos com risco de dependência.
A principal razão é o fato de serem vendidos sem prescrição médica, o que leva ao uso sem acompanhamento profissional.
"O uso inadequado é grande. Isso favorece que se perpetue a dependência da nicotina", diz a cardiologista Jaqueline Issa.
Segundo o pneumologista Sérgio Ricardo Santos, coordenador do Prevfumo (núcleo de prevenção ao tabagismo da Universidade Federal de São Paulo), embora rara, a dependência à goma de nicotina atinge mais quem inicia o tratamento por conta própria ou abandona o acompanhamento.
"A terapia de reposição de nicotina é segura e eficaz. Fazemos 5.000 atendimentos ao ano e só há uns três casos de dependência. E sempre porque a pessoa está sem orientação."
Santos afirma que não existe o "melhor tratamento". "A terapia deve ser prescrita conforme o perfil do fumante."
Já entre as mulheres, que possuem mais tendência à depressão, o tratamento pode envolver medicamento com ação antidepressiva (bupropiona).
Issa afirma que hoje muitos médicos preferem usar as terapias de reposição de nicotina como complemento ao tratamento medicamentoso. (CC)


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