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Deise dos Anjos usa a sala de aleitamento de sua firma

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério da Saúde, em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), publicou uma portaria recomendando que empresas e órgãos públicos criem salas de apoio à amamentação.
O documento estabelece normas sanitárias mínimas para as empresas seguirem, caso queiram instalar essas salas. "É um estímulo ao aleitamento materno, já que a OMS recomenda manter amamentação exclusiva no peito até os seis meses e oferecer leite materno até os dois anos de idade", diz Lílian Cordova do Espírito Santo, assessora técnica para assuntos relacionados ao aleitamento materno do ministério.
Um estudo do Ministério da Saúde mostrou que, entre as mulheres que estão em casa, 91,4% amamentam o filho -apenas 65,9% o fazem após voltar ao trabalho.
As recomendações incluem a existência de um ponto de água fria e um lavatório para assegurar a higiene, cadeiras separadas por divisórias, para preservar a privacidade, e um freezer para resfriar o leite.
O ministério ainda recomenda que as empresas disponibilizem frascos para a coleta do leite e recipientes térmicos para o transporte do alimento. Também sugere o uso de aventais limpos (descartáveis, de preferência), para as mulheres enquanto retiram o leite.
"Essas salas já existem em algumas empresas, mas não havia uma regulamentação específica", diz Cordova.
O banco Santander tem salas de amamentação há quase cinco anos. Segundo Maria Cristina Carvalho, superintendente de recursos humanos, o espaço já foi usado por 265 gestantes.
A secretária Deise dos Anjos, 43, é uma das usuárias. Ela coleta o leite todos os dias e manda os frascos para a escolinha onde o filho Matheus, de seis meses, passa o dia.
"É um espaço muito importante para as mães, é uma forma de eu manter a amamentação materna enquanto estou longe", afirma.


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