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Sem pressa para desapegar

"se eu estiver em casa, ela quer mamar o dia inteiro; nunca tomou leite artificial"

DE SÃO PAULO

A pequena Zaya completa três anos no próximo dia 6 e anunciou que nesta data deixará de mamar no peito.

A mãe, a historiadora e doula Chenia d'Anunciação, 35, de Salvador (BA), não está lá muito confiante e se programa para mais um ano de aleitamento. "Até os cinco, não sei, mas, até os quatro, talvez eu ainda amamente."

Zaya foi amamentada exclusivamente no peito até os seis meses. "Era livre demanda, dia e noite."

Depois que voltou a trabalhar, Chenia tirava o leite pela manhã. "À noite, ela voltava a mamar no peito. Até hoje, leite, só o meu. Ela nunca tomou leite artificial. Se eu estiver em casa, ela quer mamar no peito o dia inteiro."

A cama também é compartilhada. "Ela tem o quarto dela, mas adora dormir com a gente. Não vemos problema."

Já amamentar à noite é cansativo, diz Chenia. "Ela mama a noite toda. Fica pendurada ali, cantando: 'Teta, teta, tetinha'."

Chenia diz que enfrenta preconceito por ainda amamentar a filha. "A sociedade tem um pouco de aversão à criança pequena, quer que logo vire adulto. Mas se a gente consegue dar atenção a elas nesse período e deixa as coisas fluírem, com o tempo, elas vão tomando o caminho delas, sem pressa."

(CC)

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