São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2010

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GUIA DO NETBOOK MERCADO

Crescem as vendas dos ultraportáteis

Pesquisas mostram que o mercado de netbooks representa quase 10% do total de PCs vendidos no Brasil

Segundo especialistas, mercado quase dobrou em um ano e tende à estabilização em 2010; tablets podem ameaçar

João Brito/Folhapress


LUIZ GUSTAVO CRISTINO
DE SÃO PAULO

Mesmo disputando espaço com os já tradicionais notebooks e com os recém-chegados tablets, como o iPad, o netbook encontrou seu lugar no mercado brasileiro.
Criado para atender a necessidade de portabilidade de seu público-alvo -como estudantes e profissionais liberais-, o produto acabou difundido entre diversos perfis de usuários.
Os netbooks são definidos como computadores ultraportáteis. Com peso de aproximadamente 1 kg e tela de até 12,1 polegadas, apresentam menor custo que seu irmão maior, o notebook, além de mais autonomia da bateria. Em contrapartida, trazem uma capacidade limitada de processamento e não vêm com leitor ou gravador de CD, DVD ou Blu-ray.
Entre o fim de 2009 e o início de 2010, os netbooks se aproximaram de 10% das vendas de computadores no Brasil, segundo Luciano Crippa, analista da IDC (International Data Corporation). Considerando apenas portáteis, foram pouco menos de 20% das vendas. Estima-se que, em 2011, haverá mais portáteis que desktops vendidos no país.
"No primeiro trimestre de 2010, o número de vendas quase dobrou em relação a 2009", diz Crippa.
Agora, o caminho é um pequeno crescimento seguido pela estabilização. "Em 2009, muita gente comprou um netbook acreditando que aquele fosse o sucessor do notebook, mas não é o caso", afirma o diretor de pesquisa da empresa de consultoria ITData, Ivair Rodrigues.
Segundo ele, as consideráveis diferenças entre os dois produtos garantem espaço para ambos no mercado. E, em 2010, o consumidor tem maior consciência dessas distinções, e passa a comprar o produto mais adequado a suas necessidades.

POSSÍVEIS AMEAÇAS
O mesmo não pode ser dito sobre os tablets, como o iPad. "O tablet tem uma utilidade prática muito próxima da dos netbooks", afirma Henrique de Campos Júnior, consultor sênior da Marco Consultora.
Ele afirma que o mercado brasileiro não sentiu -por enquanto- o impacto desses produtos, já que vários deles ainda não chegaram oficialmente ao país.
Outra preocupação para diversos segmentos, em especial os relacionados à tecnologia, é o "mercado cinza" -como é conhecido o grupo de produtos e peças contrabandeados ou piratas.
A Folha ouviu os fabricantes de netbooks no país, que não sentem forte ameaça desse mercado. "Para produtos de alto valor agregado, o sucesso do mercado cinza não é tão grande", diz Sandra Chen, gerente de produtos para notebooks da Dell. Para minimizar o problema, as empresas acreditam em diferenciais como qualidade e assistência técnica.


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