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VITRINES
Especialistas dão dicas
Decoração mira o olhar e acerta
o bolso
free-lance para a Folha
O lojista deve ter em mente três
objetivos na hora de montar uma
vitrine: chamar a atenção, prometer um benefício e incitar a venda.
"O discurso da vitrine é, por natureza, persuasivo", afirma a vitrinista Sylvia Demetresco, autora
de uma tese de doutorado e de
dois livros sobre o assunto. "A
boa vitrine marca o lugar, divulga
o produto e vende a loja", diz.
A vitrinista ensina que a iluminação é fundamental para criar o
ambiente: "Utilizo materiais simples, baratos e descartáveis. Uso
lâmpadas de carro e luzes coloridas, entre outras".
Os materiais, a iluminação e a
colocação dos produtos nessa cenografia despertam a atenção do
consumidor, segundo Sylvia, que
na última sexta-feira, dia 17, participou do seminário "O Projeto da
Loja: o Design Vendedor", promovido pela ABD (Associação
Brasileira de Arquitetos de Interiores e Decoradores).
Disputa
O arquiteto Luiz Frederico Rangel de Freitas, diretor da Asbea
(Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), que também participou do evento, afirma
que o comércio tradicional trava
uma "guerra" com o comércio
eletrônico, modificando a concepção do trabalho dos decoradores e arquitetos.
Mesmo assim, ele diz que "a necessidade de ver, sentir e tocar
sempre estará estimulando e levando os consumidores até o local da compra".
Em uma loja da VivaVida, a vitrine já é interativa, com a incorporação de computadores plugados na página eletrônica da marca
e telas com imagens da última coleção de roupas.
"A vitrine é o principal canal
com o consumidor, chamando
para dentro da loja", diz Monica
Thompson, coordenadora de
programação visual da VivaVida.
Sexo
Para Patricia Lima, especialista
em arquitetura comercial, a fórmula de uma boa fachada passa
pela criação de uma identidade
visual direcionada ao público-alvo do estabelecimento.
Como a venda é o objetivo da vitrine, diz ela, "a arquitetura deve
ser atuante e indutora, ultrapassando as expectativas e auxiliando a registrar a marca na mente
do consumidor".
Essa teoria foi posta em prática
na Ponto G, especializada em produtos eróticos, que passou a cuidar de sua vitrine no último ano.
"Há pouco tempo, não podíamos
mostrar tudo", diz Pierre Michaelovitch, dono da loja.
Com uma grande variedade de
itens em exposição, a vitrine agora faz parte da estratégia de marketing. "Facilita a entrada do público que não conhece os produtos."
(PAULO NAVES)
Luiz Frederico Rangel de Freitas:
0/xx/11/3061-9316; Luiz Travassos:
0/xx/11/530-3028; Patricia Lima:
0/xx/21/265-2986; Sylvia Demetresco:
0/xx/11/3865-4580.
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