São Paulo, Domingo, 19 de Dezembro de 1999



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VITRINES
Especialistas dão dicas
Decoração mira o olhar e acerta o bolso

free-lance para a Folha

O lojista deve ter em mente três objetivos na hora de montar uma vitrine: chamar a atenção, prometer um benefício e incitar a venda.
"O discurso da vitrine é, por natureza, persuasivo", afirma a vitrinista Sylvia Demetresco, autora de uma tese de doutorado e de dois livros sobre o assunto. "A boa vitrine marca o lugar, divulga o produto e vende a loja", diz.
A vitrinista ensina que a iluminação é fundamental para criar o ambiente: "Utilizo materiais simples, baratos e descartáveis. Uso lâmpadas de carro e luzes coloridas, entre outras".
Os materiais, a iluminação e a colocação dos produtos nessa cenografia despertam a atenção do consumidor, segundo Sylvia, que na última sexta-feira, dia 17, participou do seminário "O Projeto da Loja: o Design Vendedor", promovido pela ABD (Associação Brasileira de Arquitetos de Interiores e Decoradores).

Disputa
O arquiteto Luiz Frederico Rangel de Freitas, diretor da Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), que também participou do evento, afirma que o comércio tradicional trava uma "guerra" com o comércio eletrônico, modificando a concepção do trabalho dos decoradores e arquitetos.
Mesmo assim, ele diz que "a necessidade de ver, sentir e tocar sempre estará estimulando e levando os consumidores até o local da compra".
Em uma loja da VivaVida, a vitrine já é interativa, com a incorporação de computadores plugados na página eletrônica da marca e telas com imagens da última coleção de roupas.
"A vitrine é o principal canal com o consumidor, chamando para dentro da loja", diz Monica Thompson, coordenadora de programação visual da VivaVida.

Sexo
Para Patricia Lima, especialista em arquitetura comercial, a fórmula de uma boa fachada passa pela criação de uma identidade visual direcionada ao público-alvo do estabelecimento.
Como a venda é o objetivo da vitrine, diz ela, "a arquitetura deve ser atuante e indutora, ultrapassando as expectativas e auxiliando a registrar a marca na mente do consumidor".
Essa teoria foi posta em prática na Ponto G, especializada em produtos eróticos, que passou a cuidar de sua vitrine no último ano. "Há pouco tempo, não podíamos mostrar tudo", diz Pierre Michaelovitch, dono da loja.
Com uma grande variedade de itens em exposição, a vitrine agora faz parte da estratégia de marketing. "Facilita a entrada do público que não conhece os produtos." (PAULO NAVES)

Luiz Frederico Rangel de Freitas:
0/xx/11/3061-9316; Luiz Travassos:
0/xx/11/530-3028; Patricia Lima:
0/xx/21/265-2986; Sylvia Demetresco: 0/xx/11/3865-4580.



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